Atemoia: conheça os benefícios da fruta ainda pouco conhecida

Talvez você não conheça a atemoia, mas certamente já ouviu falar de pelo menos uma das frutas que são parentes dela. A graviola, a fruta-do-conde, a cherimoia e a fruta-da-condessa são algumas dessas espécies, que compõem a família das anonáceas.

Ao todo, são mais de duas mil espécies de frutíferas nesta família. Originária da região do Peru, do Equador e da Colômbia, a atemoia é um híbrido, fruto do cruzamento entre a cherimoia e a fruta-do-conde – também conhecida como pinha.

Embora esse tipo de mistura aconteça na natureza, a atemoia foi criada intencionalmente para reunir o sabor da cherimoia a propriedades que permitissem à planta se adaptar ao clima tropical. A atemoia ainda é pouco conhecida, já que as primeiras plantações datam da metade do século 20.

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Quais os benefícios à saúde da atemoia?

Embora estudos in vivo – ou seja, com seres vivos – ainda sejam necessários para bater o martelo sobre o modo de funcionamento dos compostos da atemoia, pesquisas já indicam que a fruta pode trazer diversos benefícios à saúde.

A maioria deles se deve à presença de compostos fenólicos. Essas substâncias são conhecidas pela sua atuação antioxidante no organismo, que ajuda a prevenir doenças, bem como a retardar o envelhecimento por meio do combate aos radicais livres.

Segundo uma pesquisa da Unicamp, o extrato feito da casca da fruta é o que mais concentra compostos fenólicos. Além disso, a casca tem capacidade antimicrobiana, inibindo o crescimento de algumas bactérias. A polpa não fica para trás: o teor de compostos fenólicos é maior que o de outras frutas, como abacaxi, goiaba, maracujá, manga e mamão.

O nível de potássio da atemoia é tão alto que pode ser comparado ao da banana – fruta conhecida pela presença deste nutriente. Há também fibras, que ajudam no funcionamento do intestino, e vitaminas dos complexos B e C.

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Qual a diferença da atemoia para outras frutas similares?

As anonáceas compartilham algumas características: a coloração da casca, que vai do verde escuro ao verde amarelado, costuma ser similar. Essas frutas têm uma polpa branca e suculenta e sementes negras.

Mas algumas qualidades variam. Enquanto a atemoia apresenta um sabor bastante doce, a graviola traz tons mais agridoces ao paladar. A cherimoia e a fruta-do-conde também são adocicadas.

A cherimoia é cultivada em lugares de clima ameno. Já a atemoia não tolera bem temperaturas muito baixas.

Como incluir a atemoia na alimentação?

A fruta pode ser consumida in natura – em geral, ela é vendida quando a polpa ainda está dura, e a atemoia segue o processo de amadurecimento depois de ser colhida (assim como a banana, por exemplo).

A atemoia também é boa candidata para compor sucos e sorvetes. O sabor doce garante que os preparos nem precisem de açúcar adicional. Outras sobremesas e doces, como bolos, podem levar a atemoia como ingrediente.

Licores e compotas são outras opções de receitas com a atemoia. Vale lembrar que, ao passar por algum tipo de processamento, como aquecimento, adição de açúcar ou álcool, essas frutas perdem nutrientes em relação à versão in natura.