Beribéri: como a deficiência de vitamina B1 afeta o corpo
Problema é mais comum em contextos de insegurança alimentar ou alcoolismo
Beribéri é o nome popular da deficiência de vitamina B1, um problema que ocorre quando há níveis insuficientes desse nutriente (também conhecido como tiamina) no organismo.
A tiamina é encontrada em alimentos como cereais integrais, leguminosas e carnes, e tem papel importante na produção de energia em nosso corpo e no funcionamento dos sistemas vascular, nervoso e digestivo. Consequentemente, a falta de B1 pode causar diversos problemas relacionados a esses aspectos.
Quando o beribéri pode ocorrer
Como ocorre com outras deficiências nutricionais, o beribéri costuma estar mais relacionado a uma alimentação inadequada ou a problemas de absorção.
A deficiência de vitamina B1 é rara e, em geral, está mais presente em contextos de insegurança alimentar, que levam a uma dieta monótona e sem a variedade necessária para obter o nutriente, com muitos carboidratos simples. Outra causa comum é o alcoolismo.
O beribéri também pode ocorrer em gestantes, crianças e em quem realiza atividades físicas extenuantes.
Como a doença se manifesta
O beribéri começa a produzir sintomas perceptíveis após um período relativamente prolongado de deficiência de tiamina. Em média, são dois a três meses até o aparecimento dos sinais, que em um primeiro momento podem ser inespecíficos:
- Alterações no sono
- Fadiga
- Nervosismo e irritabilidade
- Perda de apetite
Caso a deficiência não seja sanada, o quadro então evolui para sintomas mais graves.
Um sinal característico do beribéri mais avançado é o inchaço (edema) dos membros inferiores. Também surgem problemas como parestesia (formigamento ou dormência nas extremidades dos membros), disfunções respiratórias e cardiovasculares.
O que fazer em caso de beribéri
Quando o beribéri é detectado, o tratamento envolve a suplementação de tiamina, buscando restaurar os níveis de vitamina B1 adequados para que o corpo funcione como deveria.
Além da suplementação de urgência, o paciente costuma ser orientado a fazer adequações em seu estilo de vida.
Normalmente, é preciso modificar a dieta para incluir alimentos capazes de fornecer o nutriente e evitar uma nova crise, ou fazer esforços para reduzir o consumo de álcool, quando a deficiência está relacionada a esse hábito.







