Carne de porco é saudável? Precisa ser excluída do prato?
Cortes suínos costumam ter mais gorduras do que opções bovinas e de aves, mas não precisam ser ignorados
Na hora de escolher uma proteína animal para colocar no prato, a carne de porco costuma ser o “patinho feio” da dieta. Conhecida por ter mais gorduras, ela tende a ser evitada por quem quer uma alimentação mais saudável.
Mas não precisa ser assim. Preparada de forma adequada e consumida com moderação ela também pode ser uma alternativa para variar os sabores que você coloca no prato.
Benefícios da carne de porco
Como ocorre com outras carnes, os cortes de porco também são excelentes fontes de proteínas. De modo geral, um lombo, uma bisteca ou um pernil têm uma contagem do nutriente que é bem semelhante ao de outras opções.
Todas oscilam entre 20 e 22 gramas de proteína a cada 100 gramas do produto cru. Um peito de frango sem pele, por exemplo, fica na casa dos 21,5g.
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Além do macronutriente mais famoso, a carne suína também é fonte de vitaminas do complexo B e minerais, como zinco e ferro, que seu corpo precisa para funcionar.
Cuidados ao comer carne de porco
Em geral, seus cortes têm mesmo mais gordura do que opções de outros animais. Enquanto 100 gramas de filé mignon bovino têm cerca de 5,6 g de gorduras e um peito de frango tem apenas 3 g, mesmo uma bisteca de porco tem 8 gramas.
Os números sobem para o lombo (8,8 g), pernil (11,1 g) e costela (19,8 g). Essas informações estão presentes na TACO, a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, desenvolvida pela Unicamp.
Mas há cortes magros, como o filé mignon suíno, que tem entre 3 e 5 g de gordura na porção (varia conforme o fabricante e não está na TACO). Dependendo do corte, pedaços suínos também costumam ter mais sódio do que opções “fit” obtidas em outros animais: o pernil chega a ter 102 miligramas de sódio a cada 100 gramas, contra 49 no filé mignon bovino e 56 no peito de frango sem pele.
Mas tudo depende do corte: a bisteca e o lombo, por exemplo, têm contagens bem parecidas com o corte de ave ou a carne de gado.
Tanto gorduras como o sódio aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Por isso, a chave é a moderação: não precisa evitar por completo, mas use a carne de porco como uma opção a mais para sua alimentação – sem vilanizá-la, mas tampouco transformando-a no tipo principal de proteína do seu dia a dia.
Ah, sim: do mesmo modo que ocorre com os cortes de frango, a carne suína também exige uma atenção extra no preparo. Devido ao risco de contaminação e perigos envolvendo parasitas, ela jamais deve ser consumida “mal passada”. Cozinhe bem para garantir que você está se alimentando com saúde.







