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Chá de artemísia é rico em substâncias que previnem infecções

Com potencial anti-inflamatório e analgésico, a infusão colabora para o tratamento da malária, além de atenuar dores musculares, insônia e ansiedade

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 abr 2025, 15h05 - Publicado em 8 abr 2025, 16h55
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Benefícios da artemísia são comprovados por estudos científicos (Foto: R.A.Nonenmacher/Wikimedia Commons)
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A artemísia é uma planta que faz parte de um gênero da família Asteraceae, formado por diversas espécies que possuem propriedades medicinais e, também, aromáticas.

As mais conhecidas são: Artemisia vulgaris (losna-brava), Artemisia absinthium (losna/absinto) e Artemisia annua (losna-chinesa).

Dentre suas principais qualidades observadas em estudos científicos, destacam-se seus efeitos antimicrobianos e antioxidantes, além de apoio contra a inflamação e o desenvolvimento de câncer. O composto artemisinina ainda apresenta ação potente contra a malária, doença parasitária transmitida por mosquitos anofelinos.

Em geral, o chá de artemísia é preparado a partir da folhas secas da planta, especialmente por conterem a maior concentração de compostos ativos, como artemisinina e flavonoides. As flores também possuem propriedades terapêuticas.

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Para que serve o chá de artemísia?

O chá de artemísia é comum no contexto da medicina natural, por suas propriedades terapêuticas. Cada espécie da planta está associada a diferentes benefícios. Por isso, é importante a orientação de um especialista para definir a melhor forma de consumo e a dose adequada.

“Por sua ação antiparasitária e vermífuga, a espécie Artemisia annua é usada como tratamento complementar no combate à malária e a Artemisia absinthium em problemas digestivos”, detalha o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

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A infusão também pode ser benéfica em outros contextos. Devido à ação antioxidante, pode auxiliar na prevenção de infecções e no combate a gripes e resfriados.

“Em algumas culturas, também é empregado como estimulante do apetite e no alívio de dores leves”, lembra a nutricionista Camila Carvalho, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Com potencial anti-inflamatório e analgésico, a bebida ajuda nas dores articulares e musculares, suaviza a insônia e ansiedade e pode contribuir para aliviar cólicas.

“Como outros chás, pode ser consumido de forma caseira, mas é preciso moderação e atenção às possíveis contraindicações e efeitos colaterais. O uso indiscriminado do chá de artemísia pode interagir com medicamentos e interferir no metabolismo hepático”, pontua Ribas Filho.

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Quem não pode tomar o chá?

O chá de artemísia é contraindicado para gestantes e lactantes, pois não existem estudos científicos robustos que avalie possíveis efeitos para essas pacientes.

“Ainda nos grupos que devem evitar o chá estão as pessoas com alergia a plantas da família Asteraceae, como camomila, dente-de-leão e girassol. Indivíduos com doenças neurológicas, com distúrbios hemorrágicos ou que usam anticoagulantes e com problemas hepáticos ou renais”, acrescenta o médico.

Em crianças, o consumo também precisa de orientação e cuidado, pois o organismo infantil é mais sensível aos compostos da Artemísia.

“Embora seja uma planta medicinal com vários benefícios, seu uso inadequado pode gerar efeitos adversos ou interações medicamentosas”, aponta Carvalho.

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Quais são os riscos de reações adversas?

Ingerido em excesso ou por pessoas com contraindicações ao chá, os possíveis efeitos colaterais incluem náusea, vômito, tontura e danos ao fígado.

“Esses riscos não são frequentes, principalmente quando o uso não é prolongado, mesmo porque, com a diluição que normalmente se faz com o chá, a concentração da matéria-prima é muito baixa e, consequentemente, a reação adversa é rara”, afirma.

Como preparar o chá de artemísia

A bebida pode ser feita a partir de 1 a 2 colheres de chá (entre 2 a 5 g) de folhas secas, com 250 a 300 ml de água quente. Mantenha a infusão por 5 a 10 minutos, para evitar um sabor muito amargo, em recipiente tampado. A seguir é só coar e ingerir morno.

“O limite seguro relacionado à ingesta do chá é em torno de 1 a 2 xícaras por dia, por até 7 dias consecutivos. O uso prolongado deve ser evitado, sem acompanhamento profissional”, orienta Ribas Filho.

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Em caso de efeito colateral ou complicações deve-se interromper o uso do chá e procurar uma unidade de saúde.

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