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Pela primeira vez, mundo tem mais crianças obesas do que subnutridas

Obesidade atinge 1 a cada 10 crianças e adolescentes ao redor do planeta, diz Unicef. Número mais que triplicou em 25 anos

Por Maurício Brum
12 set 2025, 09h46
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Maior presença de ultraprocessados na alimentação está associada a índices elevados de obesidade e sobrepeso desde o começo da vida (jcomp/Freepik)
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Pela primeira vez na história, há mais crianças e adolescentes obesos do que abaixo do peso ideal, indica um novo relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgado nesta semana.

O levantamento considerou dados de 190 países do mundo para a faixa etária entre os 5 e os 19 anos de vida. Hoje, a obesidade atinge 9,4% dessa população, enquanto o baixo peso está presente em 9,2% das crianças e adolescentes.

Em um recorte desde o ano 2000, a obesidade infantil mais do que triplicou: à época, o problema afetava 3% das pessoas nessa idade. Já o baixo peso caiu no período, saindo de um patamar de 13% há 25 anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef definem os dois casos como tipos de desnutrição. Embora o senso comum costume atribuir o termo apenas a quem está abaixo do peso ideal (os subnutridos), as entidades internacionais apontam que a ingestão excessiva ou desbalanceada de nutrientes também deve ser enquadrada dessa forma.

“Quando falamos de desnutrição, não estamos mais falando apenas de crianças abaixo do peso”, enfatizou Catherine Russell, a diretora executiva do Unicef.

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+Leia também: Obesidade: nova forma de diagnóstico vai além do IMC

Por que a obesidade aumentou

O novo relatório reforça o entendimento de médicos e nutricionistas ao redor do mundo: a obesidade está em alta no começo da vida em função de uma presença cada vez maior de alimentos ultraprocessados na rotina.

Os produtos industrializados costumam ter uma contagem elevada de calorias, açúcar refinado, gorduras saturadas e sódio, e números comparativamente menores de nutrientes de que o corpo realmente precisa.

Cada vez mais baratos e acessíveis, e muitas vezes oferecidos até mesmo nas refeições escolares, eles têm substituído frutas, vegetais e fontes naturais de proteína desde a infância.

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A obesidade, por sinal, é apenas uma das faces do problema. Quando se considera também o sobrepeso na população de 5 a 19 anos, o número já atinge cerca de 20% das crianças e adolescentes, número que equivale a 391 milhões de pessoas no planeta.

Riscos da obesidade infantil

Em qualquer idade, a obesidade está associada a riscos maiores de desenvolver doenças crônicas como diabetes tipo 2 e hipertensão, além de outras complicações potencialmente fatais, incluindo problemas cardiovasculares e até mesmo cânceres.

Na infância, porém, a chance de problemas acaba sendo ampliada. Além de uma exposição maior ao longo da vida aos impactos inflamatórios do peso excessivo, tudo isso ocorre “em um momento em que a nutrição tem um papel crítico no crescimento, desenvolvimento cognitivo e saúde mental da criança”, destaca Catherine Russell.

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O Unicef também alerta que o impacto de uma obesidade mais prevalente não se resume a consequências individuais, trazendo também custos para o sistema de saúde pública. Seguindo a tendência atual, estima o órgão, a obesidade e o sobrepeso devem “custar” ao mundo cerca de US$ 4 trilhões em 2035.

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