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Quinua, um grão divino

De origem andina, só agora ela começa a cair no gosto do brasileiro. Especialistas assinam embaixo: esse alimento pode fazer maravilhas pela saúde

Por Thaís Manarini
Atualizado em 11 out 2017, 10h32 - Publicado em 5 out 2016, 12h08
quinua
A quinua começa a cair no gosto dos brasileiros (Foto: Alex Silva / Ilustração: Lin Diniz/SAÚDE é Vital)
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A quinua é uma semente milenar, mas de trajetória recente em solo brasileiro — chegou por aqui na década de 1990. E, de lá pra cá, muitos de nossos cientistas a colocaram à prova.

É o caso da nutricionista Flavia Farinazzi, docente da Faculdade de Tecnologia em Alimentos de Marília (Fatec), no interior paulista. Por um mês, ela estimulou voluntários a consumirem duas barras de cereais todos os dias — cada uma continha 9,75 gramas de quinua, totalizando quase 20 gramas do grãozinho. “Isso daria mais ou menos uma colher de sopa”, informa.

E não é que essa singela quantidade trouxe benefícios expressivos? “Verificamos uma redução nos níveis tanto do colesterol total como do LDL, considerado o perigoso, além de uma baixa nos triglicérides”, conta a professora. Sua xará, a nutricionista Flávia Giolo de Carvalho, pós-doutoranda da Escola de Educação Física e Esporte da USP de Ribeirão Preto, chegou a resultados similares em seu estudo de mestrado, feito com mulheres na pós-menopausa – nessa fase, por causa de alterações hormonais, há maior probabilidade de problemas cardíacos.

A experiência, conduzida na Universidade Estadual Paulista de Araraquara, durou um mês. Nesse período, as 35 participantes comeram 25 gramas de quinua em flocos todos os dias. “O impacto na queda de colesterol foi bem significativo, considerando o pouco tempo de intervenção”, diz. A abundância de fibras, lignanas e compostos antioxidantes é apontada como possível explicação para os bons resultados.

Quinua em três cores

Ao procurar pela quinua, você verá que ela pode ser branca, preta ou vermelha. “Não há diferenças nutricionais importantes entre o trio”, adianta Flavia Farinazzi. Ocorre que a branca é mais fácil de achar. O bacana de levar as outras duas é a possibilidade de montar pratos coloridos.

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Como aproveitar

Dá pra colocar a quinua no tabule, aquela salada libanesa, ou utilizá-la para empanar postas de salmão e filés de frango.

Flávia Giolo, da USP de Ribeirão Preto, recomenda um brigadeiro: ele é de biomassa de banana verde e cacau com granulado de quinua. Já a Flavia da Fatec informa que a quinua substitui o arroz numa boa, já que cresce depois do cozimento. Os flocos ainda enriquecem iogurtes, granolas, cereais matinais e shakes.

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