Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

O Fim das Dietas

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas

Isolamento social: uma oportunidade de rever sua rotina para emagrecer

O distanciamento social imposto pelo novo coronavírus traz armadilhas engordativas. Mas também pode ser uma chance para equilibrar o estilo de vida

Por Antonio Lancha Jr.
Atualizado em 24 abr 2020, 16h20 - Publicado em 3 abr 2020, 15h54
como emagrecer no isolamento social
O isolamento social pode montar armadilhas engordativas na nossa alimentação. (Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Quando o primeiro caso da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, surgiu na China ao final do ano passado, poucos poderiam imaginar como nossas vidas virariam do avesso. Mas essa situação está colocada — e negá-la só ajuda a disseminar ainda mais a infecção. Então o que podemos tirar de aprendizado em nome de hábitos mais saudáveis?

A vida é um roteiro escrito diariamente. Embora esse fato seja de domínio público, a mente busca sempre um porto seguro ou uma previsibilidade do que acontecerá nos dias vindouros. A gente quer ter controle do que está ao redor. É até por isso que adultos gostam tanto de parques infantis: lá, os personagens não envelhecem nem morrem, e ainda podemos nos lembrar de quando éramos crianças e nos preocupávamos menos com o futuro.

Essa armadilha da mente humana, decorrente de diversos processos evolutivos, resulta em ansiedade. E, caprichosamente, tal sentimento é processado em um centro neurológico próximo ao da fome. Resultado: ansiedade se confunde com vontade de comer. Já reparou nisso? Eu me aprofundei sobre o assunto no livro O Fim das Dietas.

Pois bem, a pandemia do novo coronavírus trouxe a nossa vida para o dia de hoje. Tudo o que programamos e planejamos se refere apenas ao dia que vivemos, até porque novas informações que interferem nos nossos comportamentos chegam a cada segundo. Poderíamos supor que isso geraria menos ansiedade, uma vez que temos de focar mais no presente. Porém, a mente, treinada em tentar viver o futuro, não se aguenta na quarentena. Ela vaga feroz para os dias e meses adiante, pintando cenários catastróficos. Vamos dar o crédito: essa forma de pensar é resultado de um processo evolutivo onde os mais pessimistas se preparavam melhor para os piores cenários.

Só que uma mente assustada molda nossas decisões para garantir a energia necessária para sobreviver um futuro onde, hipoteticamente, haveria falta de alimentos. Nós ficamos tentados a encher a despensa de comida, mesmo que as autoridades garantam que o abastecimento nos mercados está garantido no momento. E, quanto mais comida em casa, maior a chance de você abusar.

Continua após a publicidade

Além disso, a ansiedade dispara processos fisiológicos de sobrevivência. O corpo de alguém cronicamente estressado estoca mais a energia dos alimentos na forma de gordura. Ou seja, há uma maior predisposição ao ganho de peso, o que não ajuda em nada durante o isolamento social.

Em tempos desafiadores como esse, precisamos ser racionais. Engordar não ajuda em nada. Aliás, até atrapalha, porque a obesidade está associada a quedas no sistema imunológico e, possivelmente, a complicações do coronavírus.

Qual poderia ser o aprendizado dessa situação? Viva cada dia, compre o necessário de comida e não estoque na despensa (ou em você mesmo) as calorias que não utilizará. Entenda a impermanência da vida e dessa pandemia, se concentre no aqui e agora. Quando tudo isso passar, sairemos mais fortes, resilientes e menos preocupados com um lugar que não existe em qualquer situação: o futuro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.