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A importância do acompanhamento digital de pacientes com doenças crônicas

Esse tipo de monitoramento aumenta a adesão do paciente a medicamentos e tratamentos

Por Ana Carolina Raymundo, enfermeira*
25 Maio 2023, 16h34
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O auxílio de ferramentas digitais no monitoramento de pacientes com doenças crônicas pode significar a maior adesão aos tratamentos e medicamentos. (Foto: master1305/Freepik/Divulgação)
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Uma página importante da pandemia de Covid-19 foi virada recentemente, com o anúncio do fim da emergência global.

No total, foram quase 7 milhões de mortes causadas pela doença em três anos que atormentaram o mundo todo.

Mas as doenças crônicas impõem um fardo muito maior, tanto em número de óbitos como em impactos em sistemas de saúde.

São condições para as quais o acompanhamento constante é uma necessidade básica.

Para isso, os recursos da saúde digital – cujo desenvolvimento foi fortemente acelerado pela pandemia – são de extremo valor, seja para médicos como para pacientes e familiares.

+ LEIA TAMBÉM: SUS deve tratar melhor as doenças crônicas, diz diretor da OPAS

O universo das doenças crônicas

A OMS (Organização Mundial de Saúde) informa que, no mundo, cerca de 41 milhões de pessoas morrem por conta delas anualmente, o que representa cerca de 74% de todos os óbitos.

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As doenças crônicas são muitas: hipertensão, diabetes, câncer, distúrbios respiratórios, problemas cardiovasculares e renais, quadros neuropsiquiátricos… A lista é longa.

São condições que, em geral, associam-se à idade avançada – essa ligação não é de todo indevida, mas, diz a OMS, ocorrem aproximadamente 17 milhões de óbitos a cada ano de pessoas de menos de 70 anos com raiz em doenças crônicas.

A idade não é, portanto, o fator preponderante a se prestar atenção quando se sofre desse tipo de comorbidade.

O que deve estar no foco são, por exemplo:

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+ Dietas pouco saudáveis, que levam a aumento de pressão arterial, glicose no sangue e peso
+ Tabagismo
+ Sedentarismo
+ Ingestão de álcool
+ Pobreza, já que populações desassistidas estão mais expostas ao cigarro, à alimentação de má qualidade e à falta de acompanhamento adequado de saúde

+ LEIA TAMBÉM: Tecnologia permite realizar exames físicos a distância

O papel das ferramentas digitais nesse cenário

Elas podem ser de grande valia se aplicadas aos cuidados de saúde.

Para ter ideia, falamos de dispositivos vestíveis (os chamados “wearables”, como os smartwatches) e até mesmo os onipresentes smartphones, com ferramentas digitais já de amplo uso no mundo, como aplicativos de trocas de mensagens – e muitos outros.

A telemedicina acelerou durante a pandemia e, hoje, já encontra grande espaço nos serviços médicos.

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Dado da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital mostra que, entre 2020 e 2021 (no pior momento da pandemia), foram realizadas, no Brasil, mais de 7,5 milhões de teleconsultas, envolvendo mais de 52 mil médicos.

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E a telemedicina é apenas uma das formas de se prestar atendimento médico remotamente.

O auxílio de ferramentas digitais no monitoramento de pacientes com doenças crônicas pode significar a maior adesão aos tratamentos e medicamentos.

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Afinal, poder falar com o enfermeiro ou médico responsáveis por WhatsApp muitas vezes serve como estímulo para o paciente conseguir se cuidar.

A Nilo Saúde oferece essa plataforma para aproximar médico, enfermeiro e paciente, então vemos os ganhos na prática.

O acompanhamento de pessoas com hipertensão por essa via leva, por exemplo, a uma redução de complicações, menores taxas de internação e maior satisfação do paciente – o que, por sua vez, culmina em adesão ao tratamento, que é o melhor resultado possível.

Em pacientes hipertensos monitorados desde maio de 2021, observamos uma redução de 40% no sedentarismo e aumento de 18% na autopercepção de saúde. Em 80% deles, os níveis de pressão arterial ficaram dentro do adequado.

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A digitalização da saúde ganhou tração com a pandemia e não há reversão possível. Ela rompe barreiras, tornando mais viável e confiável o acompanhamento.

Especialmente para quem sofre de condições para as quais, ao menos por ora, não há cura à vista, a saúde digital é o melhor apoio com o qual se pode contar.

*Ana Carolina Raymundo é enfermeira, tem mestrado em saúde do adulto pela USP, é especialista em saúde pública pela Unifesp e Head de Cuidado na Nilo

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