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Anestesia: como perder o medo do procedimento médico?

Informação e confiança são elementos essenciais para uma boa relação entre médico e paciente diante do recurso importante em cirurgias, exames e tratamentos

Por Luis Antônio Diego, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
23 jan 2025, 12h00
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A anestesia está mais segura e eficiente, o que amplia as possibilidades de atuação do especialista (Foto: Freepik/Divulgação)
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O anestesista é o médico responsável por manter os parâmetros vitais do paciente, controlando sua dor e seu nível de consciência. Para isso, desenvolvemos todas as habilidades de um clínico intensivo e nos especializamos no conhecimento específico do ato cirúrgico, da farmacologia dos anestésicos e das alterações inerentes às intervenções.

Somente após a obtenção do título de especialista, conferido pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), é que podemos obter o registro de qualificação no Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ao longo da História, encontrar fórmulas para driblar a dor foi uma das pedras filosofais da medicina. Em filmes de época, com frequência, vemos o médico embriagar o paciente para realizar algum procedimento radical. E isso acontecia mesmo, bem como o uso de substâncias opioides ou o congelamento da parte do corpo que seria tratada.

Passamos a era do óxido nitroso e do éter, chegamos ao clorofórmio e, hoje, contamos com uma gama de substâncias anestésicas: sedativos, agentes hipnóticos, bloqueadores musculares, entre outras.

Afinal, como atuam os anestesistas?

A cada dia, a anestesia está mais segura e eficiente, o que amplia as possibilidades de atuação do especialista. Mesmo assim, a especialidade segue sem o devido conhecimento por parte de muitos pacientes.

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Pesquisa publicada na revista Medicina, da Universidade de Ciências da Saúde da Lituânia, pode nos ajudar a entender melhor a questão. Em estudo sobre medos e percepções dos pacientes, descobriu-se que 25% não sabiam que o anestesista é um médico especialista. O levantamento também aponta que a prática responde por 40% dos receios pré-operatórios dos indivíduos.

Evidente que isso é um problema, já que estamos tratando de um profissional presente em clínicas pré-operatórias, unidades de cuidados intensivos, centros de trauma ou especializados no tratamento da dor, em setores de imagem, radioterapia, endoscopia e em equipes de reanimação, por exemplo.

No estudo da Universidade da Lituânia, os pesquisadores indicaram a necessidade de se promover a compreensão acerca do método e da atuação do especialista.

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O fato é que essa função não se restringe ao momento cirúrgico, abrange também o pré e o pós-operatório. Nesse sentido, precisamos da participação ativa do paciente.

Na consulta pré-anestésica, ele deve se sentir confortável para tirar todas as dúvidas sobre como será realizado o procedimento e informar a sua condição de saúde, especialmente doenças, alergias, medicamentos que utiliza regularmente e situações difíceis ocorridas em procedimentos já realizados. Com esses dados, é possível traçar o melhor planejamento de anestesia.

A anestesiologia vem permitindo o avanço da medicina e cada vez mais está presente nos momentos difíceis e de fragilidade que todos experimentamos ao adentrar no ambiente hospitalar para uma intervenção na qual a presença desse médico especialista se faça necessária. A confiança no profissional, com certeza, faz a diferença.

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Esclareça dúvidas e conheça as responsabilidades do anestesiologista, antes, durante e após as cirurgias, assim como a necessidade deste procedimento ser realizado por um profissional qualificado (clique aqui). Esperamos por você!

Luís Antônio Diego atuou como diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) em 2024, é professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) e responsável pela disciplina de Segurança do Paciente do curso Especialização em Anestesiologia da UFF.

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