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Cirurgia ortognática: quando fazer, como é o procedimento e a recuperação

Intervenção no maxilar tem potencial para transformar a aparência do rosto. Entenda sua real indicação e o que esperar do resultado

Por Sidney Rafael das Neves, cirurgião-dentista*
14 set 2025, 04h00 •
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Procedimento corrige problemas na mordida  (Shidlovski/Getty Images)
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  • Nos últimos meses, a cirurgia ortognática vem ganhando visibilidade nas redes sociais, impulsionada por influenciadores que compartilham suas transformações após o procedimento.

    Trata-se de uma intervenção indicada para corrigir desalinhamentos e desproporções nos ossos da face e nas arcadas dentárias, causados por um crescimento ósseo acima ou abaixo do esperado.

    Para que serve a cirurgia ortognática

    Além de posicionar melhor os ossos da face, a cirurgia ortognática corrige também o desalinhamento entre as arcadas dentárias, condição conhecida como má oclusão, caracterizada pelo encaixe incorreto entre os dentes superiores e inferiores.

    Entre os casos que podem exigir a cirurgia estão alterações como:

    • Prognatismo mandibular: quando a mandíbula é maior do que o ideal ou o maxilar superior é pouco desenvolvido, fazendo com que o queixo fique projetado para frente;
    • Retrognatismo: ocorre quando a mandíbula é menor ou está posicionada mais para trás;
    • Assimetrias faciais: diferença perceptível entre os lados do rosto;
    • Mordida aberta anterior: os dentes da frente não se tocam ao fechar a boca;
    • Mordida cruzada posterior: desalinhamento do encaixe dos dentes de trás, comprometendo a mastigação.
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    Retrognatismo é uma das condições tratadas pela cirurgia (angelhell/Getty Images)
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    Além da estética: função e saúde

    O principal objetivo da cirurgia ortognática está além da estética. Embora a melhoria na aparência do rosto seja um resultado comum e desejado, o objetivo é funcional, com o intuito de restaurar o equilíbrio das estruturas orais e faciais.

    As desproporções nos ossos da face podem comprometer funções básicas do organismo, como a mastigação e a deglutição, já que o desalinhamento dentário dificulta a trituração adequada dos alimentos, favorecendo problemas digestivos.

    Também podem surgir dores na articulação temporomandibular (ATM), causadas pelo esforço repetido para compensar a má oclusão, além de estalos e desconforto na mandíbula.

    Alterações ósseas podem prejudicar a respiração e, em casos mais graves, obstruir parte das vias aéreas, favorecendo distúrbios como a apneia do sono.

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    Como é feita a cirurgia ortognática

    A cirurgia ortognática tem um processo multidisciplinar, que geralmente envolve o trabalho conjunto entre o ortodontista e o cirurgião bucomaxilofacial. O diagnóstico é feito durante uma consulta clínica, sendo solicitados exames complementares de análise facial com medidas e imagens.

    O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, e pode envolver o reposicionamento do maxilar, da mandíbula ou de ambos, conforme a necessidade individual do caso.

    O cirurgião realiza cortes estratégicos nos ossos para ajustá-los à posição ideal, fixando as estruturas com placas e parafusos de titânio. O processo cirúrgico é todo feito internamente, por dentro da boca.

    Idade ideal para realizar o procedimento

    O momento ideal para a realização da cirurgia ortognática é quando o crescimento facial já estiver estabilizado. Normalmente ocorre a partir dos 18 anos, com pequenas variações entre homens e mulheres. No entanto, é crucial entender que esses são apenas valores de referência. A decisão final sobre o momento da cirurgia não se baseia apenas na idade cronológica, mas também na idade óssea.

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    É importante lembrar que toda cirurgia envolve riscos, mesmo que baixos ou mínimos. A avaliação clínica somada aos exames pré-operatórios, considerando a história médica do paciente, são ferramentas fundamentais para o planejamento, contribuindo para reduzir complicações.

    Cuidados no pós-operatório

    O período pós-operatório exige atenção e cuidados específicos. É comum que o paciente apresente edemas nos primeiros dias após a cirurgia, sendo necessário um tempo de recuperação.

    É indispensável que o procedimento seja feito pelo cirurgião-dentista Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e que o paciente siga à risca todas as recomendações do profissional durante a recuperação.

    FONTE: Dr. Sidney Rafael das Neves, cirurgião-dentista, membro da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

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