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Diástase abdominal: como surge a flacidez na barriga

Especialista traz os fatores de risco para esse problema, como a obesidade e gestações, e aponta tratamentos para amenizá-lo

Por Marcelo Sampaio, cirurgião plástico*
19 mar 2024, 10h09
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A diástase pode causar alterações anatômicas no abdômen (Foto: Veja Saúde/Reprodução)
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A diástase abdominal ocorre quando os músculos retos abdominais, que ficam localizados na região central, afastam-se, deixando um espaço enfraquecido entre eles. Com a condição, pode acontecer um abaulamento (que pode ficar acima ou abaixo do umbigo, ou em ambos os locais).

O quadro é percebido principalmente quando a mulher agacha, levanta peso ou até mesmo depois de se alimentar. Outros sinais são constatados, como a fraqueza e flacidez na barriga, e a dor ou desconforto na região lombar.

Tudo o que aumenta a pressão intra-abdominal e afasta os músculos retos abdominais pode levar à condição, que é frequentemente mais comum em mulheres – os estudos em homens ainda são escassos.

Gravidez

Uma pesquisa italiana avaliou 13 artigos sobre o tema e confirmou que a gravidez é um fator de risco. Quanto mais gestações uma mulher tiver, maior a probabilidade de desenvolver essa condição.

Isso porque o crescimento uterino faz com que os músculos se abram. Espera-se que eles voltem ao lugar espontaneamente após o nascimento do bebê, mas, segundo esse levantamento, 12 meses após o parto, 33% das mulheres ainda apresentam o problema.

IMC (Índice de Massa Muscular)

Pessoas com obesidade geralmente têm mais tecido adiposo na cavidade abdominal, e isso promove uma pressão interna, o que pode levar à separação do músculo reto abdominal.

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+Leia também: Vale tudo por um abdômen sarado?

Diabetes

A mesma pesquisa apontou que essa doença favorece a perda de massa e função muscular. Por isso, essa área teria as fibras musculares prejudicadas.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado por meio de exame físico, em que o cirurgião plástico avalia os músculos abdominais e os sintomas. Ele pede também exames de imagens, como ultrassom e tomografia computadorizada, para avaliar a situação com detalhes.

Dependendo do grau e do tipo de diástase, é possível tentar um plano de atividades físicas específicas para aquela pessoa. Mas é necessário cuidado, pois a prática pode até piorar o problema.

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E atenção: estratégias como dietas para emagrecer ou qualquer protocolo para queimar gordura não funcionam!

O tratamento mesmo é a abdominoplastia, que vai reposicionar os músculos e remover o excesso de gordura e de pele, o que volta a definir o abdômen.

*Marcelo Sampaio é cirurgião plástico, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e atende no Hospital Sírio-Libanês. É correspondente internacional da American Society of Plastic Surgeons. Por mais de 12 anos, coordenou o projeto filantrópico de cirurgia plástica de mama do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, no qual atendeu mais de 2 mil mulheres para reconstrução da mama.

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