Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Educação em saúde: um dos maiores desafios da pandemia

Combate à desinformação e construção de massa crítica para entender os conteúdos disseminados por aí estão entre as lições e demandas da crise da Covid-19

Por Sebastiana Regina Marinho Ribeiro, gerente de saúde do SESC*
Atualizado em 20 ago 2021, 19h31 - Publicado em 20 ago 2021, 09h57
fake news na pandemia
Educação em saúde passa pelos meios digitais, marcados pela disseminação de fake news.  (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

O cenário mundial nos propõe uma reflexão sobre a qualidade das informações que chegam até cada um de nós e a forma como nossas escolhas são direcionadas em função delas. A informação está disponível em todos os lugares, seja nas redes sociais, seja nos veículos de mídia tradicionais.

Mesmo sem solicitar, somos inundados por um tsunami de notícias via Whatsapp. O desafio está na criticidade que desenvolvemos em relação ao conteúdo que nos é apresentado. De um momento para outro, fomos apresentados a uma série de informações que não faziam parte da nossa leitura diária. Transmissão comunitária, médias móveis de número de óbitos, dados sobre efetividade e eficácia de vacinas, dentre outros. Sim, assuntos complexos passaram a fazer parte do nosso cotidiano.

Saber traduzir essas informações é um desafio durante uma pandemia, quando a comunicação em saúde pode ser fator decisivo para conter a propagação da doença e preservar a qualidade de vida dos indivíduos e do coletivo.

A educação em saúde propõe a construção de conhecimento, poderosa ferramenta para o desenvolvimento de uma análise crítica em relação às informações que nos chegam, e ajuda a criar pontes para aplicar essas informações de acordo com cada realidade.

Ao considerar essa perspectiva dialógica e diferentes vivências, sem que haja uma hierarquização entre os atores sociais, aposta-se na construção compartilhada do conhecimento. A importância disso fica ainda mais evidente quando, por exemplo, esbarramos em protocolos para o controle da circulação do vírus e do combate à Covid-19 sem considerar a dimensão social — em especial em nosso país, onde a pandemia deflagrou e agravou importantes vulnerabilidades.

Continua após a publicidade

+ Acompanhe nosso blog: É verdade ou fake news?

Um olhar não sensível para os determinantes sociais em saúde deixará escapar, por exemplo, que o ato de lavar as mãos pode parecer para muitos um hábito e, para tantos outros, um desafio. Temos um caminho de escassez a ser vencido. Escassez de educação em saúde. Escassez de renda básica, com dificuldades constantes de aquisição de produtos como o sabão. Escassez de saneamento, com a dificuldade de higienização para quem não tem acesso a água limpa e tratada.

A fotografia dos últimos meses mostra um desafio de implementar ações simples para o controle de uma emergência em saúde pública e que depende da ação do coletivo.

O Sesc, por meio de suas equipes de educação em saúde, realiza encontros destinados ao debate e à construção conjunta de caminhos possíveis frente às vulnerabilidades vivenciadas a partir de cada contexto. Em âmbito nacional, por meio de diversas ações junto à população, pavimentamos reflexões buscando a melhoria da qualidade de vida com base em escolhas informadas, tornando o sujeito protagonista de sua própria trajetória e corresponsável pela saúde de toda a comunidade.

Continua após a publicidade

Cabe ressaltar que, neste momento, as iniciativas seguem obedecendo decretos governamentais e protocolos de segurança. As unidades móveis do Sesc Saúde Mulher, por exemplo, já voltaram a circular em 12 estados. Elas oferecem serviços gratuitos de rastreamento de câncer de mama e de colo de útero, além de ações educativas de promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva. Nos próximos meses, teremos ações educativas específicas em adesão a movimentos como o Outubro Rosa e o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, fortalecendo pautas trabalhadas ao longo de todo o ano.

Também somos parceiros da vacinação, realizando ações educativas, abrindo nossas unidades para o funcionamento de postos e auxiliando o poder público nesse grande movimento. A gente sabe que a pandemia vai passar, mas certamente deixará como um dos aprendizados a visão ainda mais ampla sobre a importância do conhecimento e das informações verdadeiras para uma vida mais saudável.

* Sebastiana Regina Marinho Ribeiro é gerente de Saúde do Departamento Nacional do Sesc

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.