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Campeão de kickboxing supera AVC e reaprende a andar

Leonardo Paixão conta como enfrentou duras complicações de saúde e ressignificou essa experiência

Por Leonardo Paixão e Dyene Galantini*
5 out 2025, 04h00 • Atualizado em 5 out 2025, 08h46
leonardo-paixao
Leonardo Paixão busca conscientizar as pessoas sobre a importância da reabilitação pós-AVC (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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  • Acordei em um dia comum, pronto para treinar e trabalhar. De repente, senti como se tivesse um infarto. Fui levado às pressas ao hospital, onde descobri que sobrevivera a uma dissecção da aorta — um evento que mata a maioria das pessoas.

    Dois dias depois, ainda em recuperação, sofri um AVC isquêmico que evoluiu para hemorrágico. Ouvi dos médicos que minhas chances eram mínimas. Ouvi também que eu jamais sairia da cama.

    Não aceitei nenhuma dessas sentenças. Eu tinha uma filha pequena, e a ideia de não poder brincar com ela me doía mais do que qualquer paralisia. Fiz dessa dor o meu combustível.

    Cada sessão de fisioterapia era exaustiva. Para mim, ficar de pé, que sempre foi automático, passou a exigir foco e esforço consciente. Cada passo era uma conquista.

    +Leia também: Depois de um AVC, busca por reabilitação deve ser rápida

    Entre quedas e conquistas

    A recuperação, no entanto, não é linear. Há dias em que o progresso se apaga e os fantasmas voltam. A tristeza e a frustração rondam como hienas, tentando me convencer a desistir.

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    Nesses momentos, a fé, os amigos e o amor da minha filha foram o que me mantiveram firme. Descobri que a empatia de quem caminha ao lado pode ser tão vital quanto qualquer tratamento.

    Também aprendi que a cadeira de rodas, vista por muitos como derrota, é, na verdade, liberdade. É ela que permite sair de casa, circular, viver. O olhar enviesado da sociedade ainda pesa, mas eu sigo lembrando que não somos definidos pelas limitações e sim pela forma como escolhemos enfrentá-las.

    Novos passos, novas vitórias

    Hoje, ando — às vezes com bengala, às vezes sem — e sigo treinando. Não como antes, mas de uma nova maneira, redescobrindo meus limites. Não é fácil aceitar que já não posso competir como outrora, mas descobri outro tipo de vitória: estar presente, caminhar com minha filha, rir com os amigos, levantar todos os dias para recomeçar.

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    A vida me mostrou que nem sempre é possível vencer no mesmo tatame de antes. Às vezes, a luta acontece dentro de nós, no silêncio da reabilitação. E, nesse ringue invisível, cada passo é, sim, uma medalha de ouro.

    O livro A Vida é uma Luta: um campeão de kickboxing que reaprendeu a andar (Mind Duet) já está disponível para venda nas plataformas digitais. Todo lucro da obra será revertido para o meu tratamento.

    Leonardo Paixão é lutador de kickboxing e Dyene Galantini é publicitária 

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