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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes

Novo remédio contra colesterol para quem não tolera estatinas

Medicamento é alternativa para indivíduos que têm dor muscular associada ao tratamento convencional, mas pode ter outros usos

Por Carlos Eduardo Barra Couri
20 mar 2025, 10h11
pote de remédio para colesterol
Remédio para controlar o colesterol traz benefícios em idades mais avançadas. (Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital)
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A Anvisa aprovou recentemente o medicamento Nustendi, combinação de ácido bempedóico com ezetimiba, para o tratamento do colesterol alto

Para entender a importância do anúncio, precisamos recuperar um pouco da história do combate a esta condição.

Um dos maiores avanços da medicina moderna foi a determinação do colesterol como um fator de risco cardiovascular gerador de mortes, infarto do coração e derrame cerebral.

Em seguida, tivemos outra revolução: o desenvolvimento de medicamentos eficazes em não somente baixar o colesterol LDL, mas reduzir os eventos cardiovasculares. Estamos falando das estatinas.

Medicamentos já consagrados pelo longo tempo de uso e pelos milhares de estudos comprovando eficácia e segurança, as estatinas têm baixo custo e diversas versões genéricas disponíveis. Incrivelmente, esta classe de medicamentos, apesar de todos estes benefícios, sofre com fake news há anos. São tantas que acho melhor nem enumerar.

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Desde a chegada da primeira estatina no Brasil há quase 40 anos, milhares de vidas foram salvas.

Um dos pontos, porém, que limita o uso das estatinas é o efeito adverso de dor muscular, que ocorre em uma minoria dos pacientes. A dor muscular induzida pelas estatinas acontece geralmente após o início da medicação, melhora com a suspensão dos medicamentos e tem predileção pela região dos ombros e do quadril.

A dor é insidiosa e pode estar associada a câimbras, fraqueza ou sensação de peso.

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+Leia também: Colesterol: esqueceram de mim?

Neste cenário, surge o ácido bempedóico. Esta medicação, que bloqueia uma enzima diferente da bloqueada pelas estatinas, impede a produção de colesterol ruim, o LDL, pelo fígado. Mas o mais importante não é apenas reduzir o colesterol, mas sim a sua grande e temida consequência: as doenças cardiovasculares.

Em um grande estudo com mais de 13 mil participantes que eram intolerantes ou não gostariam de usar estatinas observou-se que o uso oral diário de ácido bempedóico reduziu em cerca de 13% o risco de morte, derrame cerebral, infarto do coração e procedimentos de revascularização.

Para aumentar ainda mais sua eficácia, a farmacêutica Daiichi Sankyo fez uma combinação no mesmo comprimido do ácido bempedóico com uma molécula já conhecida do mercado brasileiro, a ezetimiba.

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A ezetimiba reduz a absorção de colesterol pelo intestino. Esta combinação promove uma redução de aproximadamente 40% no colesterol ruim, índice muito superior ao de cada molécula isoladamente.

O Nustendi é um medicamento oral, que poderá ser tomado uma vez ao dia e possui baixo risco de efeitos adversos, tornando-se uma excelente alternativa àquelas pessoas com efeitos colaterais das estatinas, especialmente a dor muscular.

Mas não só isso. Na minha opinião, abre-se outra possibilidade: utilizar o novo medicamento em conjunto com as estatinas naquelas pessoas que, apesar de tolerar e usarem as estatinas regularmente, não atingiram as metas de colesterol LDL. Sim, a grande maioria dos brasileiros se encontra com o colesterol descontrolado.

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O lançamento do Nustendi chega para nos ajudar a combater esta “pandemia” silenciosa de doenças cardiovasculares, que lideram o ranking de mortes no Brasil há anos.

Ainda não há o registro de preço na ANVISA e a previsão é de que a combinação de ácido bempedóico com ezetimiba no mesmo comprimido chegue às farmácias no segundo semestre de 2025.

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