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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito

Câncer de próstata aumenta risco de doenças cardiovasculares

No Novembro Azul, entenda como o conhecimento atenua os impactos do tratamento no coração a médio e longo prazos

Por Otávio Rizzi Coelho-Filho, cardiologista*
Atualizado em 30 out 2025, 21h22 - Publicado em 1 out 2025, 04h00
cancer-prostata
A saúde cardiovascular dos homens afetados por esse tumor deve ser acompanhada de perto (PIXOLOGICSTUDIO/Getty Images / Ilustração: Laura Luduvig/Veja Saúde)
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Homens com câncer de próstata (CP) têm duas vezes mais chances de morrer por doenças cardiovasculares (DCVs) do que pela própria neoplasia.

Os óbitos tendem a ocorrer cinco anos após o diagnóstico. Dados do estudo global RADICAL PC revelam que 69% dos recém-diagnosticados com CP apresentavam alto risco para o coração. As DCVs são a principal causa de mortes no mundo.

A correlação entre CP e DCVs é multifatorial e envolve desde pré-existências comuns entre pacientes com câncer de próstata – diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo e histórico familiar e de tabagismo – que naturalmente já levam a problemas cardíacos, até consequências do tratamento contra o câncer, cuja terapia mais difundida é a privação androgênica (TPA), que são os hormônios sexuais masculinos.

O método provoca alterações metabólicas, como redução dos níveis de testosterona – que pode elevar o colesterol –, resistência à insulina, ganho de gordura corporal e aumento da pressão arterial. Uma meta-análise de 2015 descreveu possibilidade aumentada para infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares não fatais nos submetidos à TPA.

Alta incidência e mortalidade no Brasil

De acordo com uma projeção do Instituto Nacional de Câncer (INCA), acontecem cerca de 72 mil novos casos de câncer de próstata por ano no Brasil, o mais comum entre os homens. A maior incidência é acima dos 60 anos, sendo raro antes dos 40.

São aproximadamente 16 mil óbitos anuais, fazendo do CP a segunda causa de morte por câncer na população masculina do país, atrás apenas da neoplasia de pulmão.

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+Leia também: Câncer de próstata: rastreamento com exame de sangue reduz risco de morte

Sintomas, tratamento e prevenção cardiovascular

O câncer de próstata tem cura entre 90% e 95% ao ser detectado precocemente. Porém, ao ser diagnosticado em estágio avançado, a chance diminui, mas, mesmo assim, os tratamentos são efetivos, oferecendo longevidade e qualidade de vida ao paciente.

O exame de sangue para identificar o antígeno prostático específico (PSA) é o mais recorrente para rastrear o câncer de próstata e deve ser feito a partir dos 50 anos, em média, assim como o toque retal, capaz de constatar a doença ainda no início. As investigações são necessárias porque o CP é assintomático na fase inicial.

Já quando em processo adiantado, o homem pode sentir:

  • Dificuldade para urinar;
  • Jato urinário fraco ou intermitente;
  • Ardência ou dor ao urinar;
  • Gotejamento após a micção;
  • Aumento da frequência urinária à noite;
  • Sangue na urina ou no sêmen;
  • Dor ao ejacular;
  • Dores nas costas, pélvis e testículos;
  • Disfunção erétil.
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Importância do acompanhamento conjunto com cardiologistas

Diante da grande probabilidade de vínculo entre DCVs e CP, diagnosticados com este tipo de câncer devem ser encaminhados para atendimento conjunto com cardiologistas. Esses indivíduos serão acompanhados periodicamente – no mínimo a cada seis meses – para garantir o controle.

A avaliação clínica primária, antes do início da TPA, deve se concentrar no entendimento do paciente quanto aos danos ao sistema cardiovascular. Eles precisam ser orientados para manter vigilância rigorosa da pressão arterial, diabetes e colesterol. Além disso, devem entender a importância da cessação do tabagismo, de uma dieta equilibrada e das benesses da atividade física rotineira.

Quando os exames cardiológicos detectarem formas leves de disfunção ventricular, por exemplo, a terapia oncológica – desde que com monitoramento e uso das medicações cardioprotetoras – deve seguir normalmente. Já casos moderados a graves requerem interrupção temporária e introdução de tratamento para insuficiência cardíaca, pois a gravidade cardiológica aqui é maior.

Novembro Azul e conscientização

O primeiro passo sempre é a informação. Por isso, o Novembro Azul – movimento global para conscientização sobre a saúde do homem, com foco na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata – é uma iniciativa social positiva, que esclarece a respeito da necessidade de identificar o problema o quanto antes e desmistifica preconceitos culturais comuns, principalmente se a doença pode comprometer a funcionalidade sexual.

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A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) está engajada na campanha do Novembro Azul, aproveitando a mobilização para esclarecer a população acerca das consequências cardiovasculares associadas ao câncer de próstata e das formas essenciais de prevenção.

*Otávio Rizzi Coelho-Filho é assessor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e coautor do artigo Cardio-oncologia: aspectos relevantes no acompanhamento de pacientes com câncer de mama ou próstata.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)

 

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