Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Guenta, Coração

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito

Gorduras em foco: quem é quem no cardápio nosso de cada dia?

Óleo de coco, ovo, chocolate... Alimentos fontes de gorduras saturadas, consideradas prejudiciais ao coração, são todos iguais? Nutricionista esclarece

Por Valéria Machado, nutricionista*
Atualizado em 15 dez 2022, 15h27 - Publicado em 15 dez 2022, 15h27
quais alimentos tem gorduras saturadas
Gorduras saturadas estão em vários alimentos presentes no nosso dia a dia, e o excesso é associado a malefícios para o coração. (Foto: Dulla/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

O óleo de coco é mais saudável para a saúde cardiovascular do que os demais? Chocolate amargo faz bem? Ovo aumenta o colesterol ruim? Nos deparamos com muitos mitos, verdades e vereditos não conclusivos sobre alimentos que estão em nossa rotina ou que viraram moda por serem considerados mais saudáveis em “dietas de internet”.

Para esclarecer sobre quem são os mocinhos e os bandidos – e também os isentões – da mesa, o departamento de Nutrição da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo criou uma nova edição de e-book Diálogos com a Nutrição, baseado no Posicionamento sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. A publicação visa orientar os profissionais da nutrição, bem como seus pacientes, sobre alimentação e saúde cardiovascular.

O primeiro ponto a ressaltar é que as diretrizes nutricionais fazem uma ligação entre gorduras saturadas e doenças cardiovasculares, evidenciando seus malefícios para o aumento do LDL, o colesterol ruim.

Esse tipo de ácido graxo é encontrado em alimentos de origem animal, como manteiga, leite integral, queijos gordurosos, frango com pele e carnes gordas, entre outros.

Compartilhe essa matéria via:

Mas será que todo alimento que contém gordura saturada é inimigo do coração?

É necessário desmistificar o papel de certos grupos, já que muitas vezes se considera a restrição ou abuso de alguns itens simplesmente porque “ouvimos falar” que fazem mal ou que fazem bem.

Continua após a publicidade

O óleo de coco, por exemplo, é comumente lembrado como um substituto de outros óleos com foco em uma alimentação mais saudável. Mas não é bem assim: ele pode aumentar as concentrações de colesterol total e LDL, o colesterol ruim, no sangue. Inclusive, estudos demonstraram redução desses índices em indivíduos que substituíram o óleo de coco pelo de soja ou milho.

Da mesma forma, o óleo de palma surgiu como opção mais saudável da gordura trans para a produção da indústria alimentícia, mas trata-se de um equívoco: por possuir gorduras saturadas em quantidade significativa, a recomendação de consumo de óleo de palma não é diferente. Ou seja: muito restrita.

+ Leia também: Novo consenso define a ingestão de DHA, um tipo de ômega-3

Apesar de as carnes serem fontes de proteínas e fornecerem todos os aminoácidos essenciais, assim como minerais e vitaminas, e a quantidade de gordura e ácidos graxos variar conforme o tipo de animal e corte, existe uma associação entre a ingestão de carne e o risco de desenvolver doença cardiovascular.

As carnes processadas (a exemplo de linguiça, salsicha, bacon, pepperoni, mortadela, presunto, nuggets, salame, toucinho, carnes enlatadas, entre outras) são ainda menos indicadas.

Continua após a publicidade

Já o chocolate não precisa ser eliminado por quem pretende cuidar do coração. A despeito de o cacau conter significativo teor de gordura saturada – 63% da gordura total –, ela tem efeito neutro na taxa de colesterol no sangue e, por isso, não causa impacto cardiovascular.

A manteiga é um produto de origem animal, composta de 51,5% de gordura saturada, 22% de gorduras monoinsaturadas e 1,5% de poli-insaturadas. Porém, os estudos não encontram relação com o risco de doença arterial coronariana, DCV ou AVC. Por outro lado, há correspondência entre o consumo de manteiga e o desenvolvimento de diabetes.

+ Leia também: Diabetes: açúcar não é o único ingrediente que exige moderação

Leite desnatado e derivados, recomendados em dietas como a DASH por seus comprovados benefícios cardiometabólicos, também não aumentam o perigo de diabetes, doença cardiovascular ou AVC assim como o ovo, quando consumido em quantidade moderada de até um por dia. Mas, em excesso, laticínios e ovos tendem a promover alterações no colesterol.

Consulte sempre um nutricionista

É importante conhecer o potencial nutricional dos alimentos, adequando o uso de gorduras saturadas e insaturadas, otimizando a ingestão de frutas e hortaliças.

Continua após a publicidade

E, como as dietas são subjetivas, caberá ao nutricionista ajudar na adequação do menu de cada paciente, analisando exames prévios para entender do que ele necessita e quais são seus objetivos.

Além disso, a orientação nutricional deve incentivar a leitura dos rótulos, para que cada um possa fazer escolhas conscientes e de qualidade para si, considerando, inclusive, as preferências de paladar. Afinal, comer não pode ser um hábito que exclui a sensação de prazer.

* Valéria Machado é nutricionista e diretora científica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.