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Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
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Só uma em cada dez pessoas reconhece pressão alta como ameaça ao coração

A conclusão, que não nos dá nada para comemorar no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26 de abril), é de pesquisa recente da SOCESP

Por Maria Teresa Nogueira Bombig e Carlos Alberto Machado, cardiologistas*
Atualizado em 26 abr 2024, 12h06 - Publicado em 26 abr 2024, 12h03
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A hipertensão é uma das doenças crônicas mais comuns. (Foto: Veja Saúde/Veja Saúde)
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No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, é bom destacar que  a falta de conhecimento sobre o que leva a doenças cardiovasculares talvez seja o mais letal dos fatores de risco para estas patologias, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos no país. Sem saber o que pode ser prejudicial, as pessoas negligenciam os cuidados com a saúde e pegam “atalhos” em direção a doenças graves e incuráveis. 

Um exemplo é justamente a hipertensão. Ela responde por 45% das mortes cardíacas e por 51% das fatalidades por outras causas, como as decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC). 

Estudos publicados nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão apontam que 32,3% dos brasileiros convivem com pressão arterial alta em todas as faixas etárias. Após os 60 anos, esse percentual sobe para 65%.

Em pesquisa inédita da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, apenas 11% dos entrevistados mencionaram a hipertensão como fator que tende a aumentar o risco cardíaco. É preocupante concluir que, de cada dez indivíduos, somente um reconhece essa gravidade. 

Além disso, só metade da amostragem sabia que a pressão alta é definida quando parâmetros estão acima de 14 x 9. Outros 32% disseram equivocadamente ser acima de 16 x 9, e 17% acima de 15 x 8.  

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+Leia também: Hipertensão: pressão arterial fora do consultório deve guiar diagnóstico

Vamos reforçar então: a hipertensão arterial é caracterizada pela pressão sistólica (também conhecida como máxima) com valores iguais ou maiores que 140 mmHg e a diastólica (ou mínima) igual ou maior que 90 mmHg – ou simplesmente 14 x 9. 

Para ser diagnosticado como hipertenso, o paciente deve apresentar estes números em dois ou mais momentos diferentes do dia. 

A edição mais recente da pesquisa SOCESP, que acaba de ser tabulada, foi realizada com 2 764 pessoas, nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital paulista. 

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Entre os entrevistados, 23% tinham acima de 55 anos;  14% entre 44 e 54 anos; 17% de 35 a 44 anos; 20% de 25 a 34 anos; 25% de 15 a 24 anos e 1% da amostragem tinham menos de 14 anos. 58% dos respondentes eram mulheres. 

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão

Baseados nos resultados das últimas pesquisas SOCESP, podemos dizer o 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, é uma data necessária. Ainda sobra desinformação sobre fatores de risco para o coração. 

Combater e prevenir a hipertensão passa necessariamente por uma dieta mais regrada, que inclui:

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  • Critério na ingestão de sal – a orientação é de até 5 gramas por dia.
  • Priorizar, no preparo das receitas, os temperos naturais, como ervas e especiarias.
  • Maior consumo de alimentos ricos em potássio (abacate, açaí, banana nanica, banana prata, damasco, figo, fruta do conde, goiaba, graviola, jaca, kiwi, laranja pera, mamão, maracujá, melão, mexerica, uva, nectarina, frutas secas etc.).
  • Valorizar as versões desnatadas de leite e derivados. 

O controle da alimentação e a prática de exercícios ajudam a afastar a obesidade, outra algoz da pressão arterial. Porém, a atividade física não está presente na rotina da maioria dos entrevistados da pesquisa da SOCESP: apenas 26% se exercitam quatro ou mais vezes por semana.

Comer de forma adequada, manter-se no peso ideal e lutar contra o sedentarismo – mesmo quando a preguiça e o cansaço querem nos dominar – são atitudes acessíveis para a maior parte da população. E a lista de benefícios para quem decide seguir essas regras é extensa. Sem pressão alta e sem sobrecarregar o coração. 

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*Maria Teresa Nogueira Bombig é especialista em cardiologia e coordenadora do SOCESP Mulher. Carlos Alberto Machado é especialista em cardiologia e assessor científico da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

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