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Nutrindo futuros

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Com o olhar lá na frente, a nutricionista e expert em tendências Cynthia Antonaccio aborda neste espaço os movimentos de lifestyle que impactam a vida dos consumidores, a rotina dos profissionais e o mercado de saúde

Rótulos inteligentes: o futuro da alimentação começa pela embalagem

Do QR code ao carbono, entenda como suas escolhas ganham novos significados no mercado

Por Cynthia Antonaccio
4 jun 2025, 13h58
rotulo-inteligente
Rótulos estão cada vez mais modernos e interativos (d3sign/Getty Images)
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Você costuma olhar com atenção os rótulos dos alimentos que consome? A nova rotulagem frontal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com a lupa obrigatória, já facilita a identificação de altos teores de açúcar, sódio e gorduras. Mas será que essa é a única informação que merece atenção?

Na rotina corrida, o excesso de dados nas embalagens pode mais confundir do que ajudar. Para facilitar esse processo, surgem iniciativas que tornam a leitura mais simples e interativa: além da lupa da Anvisa, aplicativos como o Desrotulando avaliam produtos com base em seu perfil nutricional, e QR Codes como o da Lupinha já oferecem acesso a informações extras.

Essas ferramentas, quando bem aproveitadas, ajudam a equilibrar preferências pessoais com saúde e nutrição personalizada.

+Leia também: 6 alimentos que você deveria parar de comer já (e como substituir)

Rótulo interativo: a embalagem como aliada da escolha consciente

As embalagens estão deixando de ser apenas informativas — estão se tornando canais interativos entre marcas e consumidores. Hoje, é possível acessar dados sobre a origem dos ingredientes, rastreabilidade, impacto ambiental e até receitas personalizadas apenas apontando a câmera do celular para um QR code.

Grandes varejistas como Carrefour e Mercado Livre já promovem produtos vindos de biomas como a Amazônia e o Cerrado, incentivando uma alimentação mais consciente e sustentável. No futuro, a embalagem será mais do que um rótulo — será um portal para experiências, transparência e escolhas mais informadas.

Nesta coluna, você vai conhecer três formas de avaliar produtos e marcas com base em dois pilares: perfil nutricional e sustentabilidade. Afinal, contar calorias ficou no passado — agora, contamos carbono. Se os nutrientes ganharam destaque na última década, agora é a vez dos ingredientes e da sustentabilidade ocuparem o centro do prato.

+Leia também: Você lê os rótulos dos produtos que dá para os seus filhos?

Ingredientes: o que realmente importa?

Você já reparou na lista de ingredientes dos produtos que consome? Existe uma regra: eles são listados em ordem decrescente de quantidade. Ou seja, o primeiro item é o que está presente em maior proporção. Se um “suco de laranja” começa com açúcar, vale o alerta — talvez a fruta não seja a protagonista que o rótulo promete.

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Nos últimos anos, criou-se a ideia de que uma lista curta de ingredientes é sinal de um alimento mais saudável. Mas isso nem sempre faz sentido. Mesmo receitas caseiras podem ter muitos itens — basta abrir um livro de receitas. O mais importante não é o número de ingredientes, mas o perfil nutricional de cada um, sua função e a quantidade utilizada.

Alguns nomes podem soar assustadores, mas são completamente seguros e até benéficos. Veja alguns exemplos:

  • Ácido ascórbico = Vitamina C, com ação antioxidante
  • Sulfato ferroso = Fonte de ferro, essencial para o organismo
  • Citrato = Regulador de acidez presente em frutas cítricas
  • Inulina = Fibra prebiótica que favorece a saúde intestinal
  • Lecitina de girassol = Emulsificante natural que melhora a textura dos alimentos

Por outro lado, certos aditivos geram controvérsias por possíveis impactos à saúde. Entre os mais discutidos estão:

  • Corantes artificiais: como tartrazina, caramelo IV, eritrosina, azul brilhante, vermelho 40 e cochonilha (de origem animal)
  • Conservantes e agentes químicos: como dióxido de titânio, BHA, BHT e azodicarbonamida
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Já os adoçantes artificiais merecem uma análise à parte, devido às suas aplicações específicas e aos debates sobre seus efeitos no corpo.

Tendências de consumo também mostram essa preocupação: redes como a Whole Foods, nos Estados Unidos, baniram mais de 300 ingredientes de seus produtos. No Brasil, a Naturaltech segue critérios rígidos para garantir alimentos mais alinhados ao bem-estar.

Sua escolha tem impacto real

Ao escolher alimentos que valorizam ingredientes nativos e práticas sustentáveis, você contribui para a preservação dos biomas brasileiros e o fortalecimento de comunidades locais.

Exemplos como o Café Apuí Agroflorestal, cultivado de forma regenerativa na Amazônia, e as iniciativas do Mercado Livre e Carrefour, que promovem produtos do Cerrado, da Mata Atlântica e de outras regiões, mostram que é possível unir sabor, propósito e consciência ambiental.

Validade: o que realmente significa?

No Brasil, a data de validade indica até quando o alimento pode ser consumido com segurança. Mas em outros países, o selo “melhor antes de” (best before) refere-se à qualidade sensorial — sabor, textura e aroma — e não necessariamente à segurança do produto.

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Alguns alimentos duram mais do que imaginamos, especialmente quando bem armazenados:

  • Massas e biscoitos: podem ser consumidos além da data, se mantidos em local seco e fechado
  • Iogurtes: ainda são seguros por alguns dias após o prazo, desde que refrigerados
  • Enlatados: se a lata estiver intacta, o conteúdo tende a permanecer próprio por mais tempo

Nessa hora, vale usar todos os sentidos: cheiro, cor e textura dizem muito sobre a real condição do alimento. Fique de olho!

Iniciativas sustentáveis: reciclagem e redução de desperdício

A sustentabilidade começa com escolhas simples — e possíveis — no dia a dia. No Brasil, diversas iniciativas vêm ajudando consumidores a reduzir desperdícios e incentivar práticas mais responsáveis:

  • FoodToSave: Startup que oferece descontos em alimentos próximos da validade, evitando o descarte prematuro e ajudando você a economizar. Vale ficar de olho na sacolinha do FoodToSave na próxima compra — já encontrei um pão de azeitonas incrível!
  • Selo EuReciclo: Certifica empresas que investem na logística reversa de embalagens, compensando o impacto ambiental por meio da reciclagem. Ao apoiar essas marcas e separar corretamente o lixo em casa — de preferência com as embalagens limpas — você fortalece cooperativas que vivem desse trabalho e contribui para um ciclo mais sustentável.
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Vamos à prática?

Na próxima ida ao mercado, reserve alguns minutos para ler os rótulos, checar os ingredientes e avaliar o que faz mais sentido para você — no sabor, na saúde e no bolso. A informação está ao seu alcance, e pequenas mudanças podem gerar um grande impacto.

Que tal começar agora?

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