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O Fim das Dietas

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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas

O que já aprendemos com as “canetas” sobre o emagrecimento?

Os análogos de GLP-1 reduzem o apetite e mostram que emagrecer ainda depende de consumir menos calorias do que se gasta

Por Antonio Lancha Jr
Atualizado em 29 out 2025, 12h13 - Publicado em 29 out 2025, 12h09
semaglutida
A semaglutida é aplicada por meio de canetas injetáveis (Tatsiana Volkava/Getty Images)
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As famosas “canetas emagrecedoras”, em pouco tempo de existência, já trouxeram aprendizados importantes, quando o tema é emagrecimento.

Os medicamentos possuem os análogos de GLP1 (sigla em inglês que significa peptídeo semelhante ao glucagon) denominados de incretinas (substâncias intestinais – “intestinal” “intra” – estimularem o pâncreas “secretina” ou “incretar” a liberar insulina em resposta à ingestão de glicose) e agem diretamente sobre o nervo vago.

Assim, regulam diversas ações hormonais e ativando mecanismos inibidores do consumo de alimentos e promovendo náuseas e outras reações.

Ao longo de mais de três décadas, a ciência e os diversos profissionais de saúde envolvidos com a obesidade desenvolveram conceitos e ideias para reverter o fenômeno do ganho de peso que escala a população mundial até o momento presente.

Primeiro, foram eleitos nutrientes como os responsáveis pela obesidade. O primeiro dessa sequência errática foram os alimentos fornecedores de carboidratos. As diversas formas de dietas que consideravam os carboidratos os vilões da obesidade tinham nome e sobrenome, origens geográficas distintas como Estados Unidos e França, por exemplo.

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Mas não pense que lipídios e proteínas saíram ilesos dessa busca — eles também tiveram seu “enquadramento” proposto pelos experts.

A evolução dessa investigação de culpabilidade da obesidade alcançou o grau de processamento dos alimentos — como alimentos in natura, passando pelos processados e chegando a uma nomenclatura particular, como o tal do ultraprocessado, termo totalmente made in Brazil.

O segredo das canetas

O fato é que a utilização dos análogos de GLP1, inicialmente desenvolvidos para diabéticos tipo 2, ganhou a simpatia daqueles que desejavam emagrecer e, consequentemente, dos prescritores de fármacos com esse propósito.

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Este princípio ativo reduz o desejo de ingerir alimentos, que é substituído pelo desconforto conhecido como saciedade. A saciedade ocorre quando nutrientes são absorvidos pelo organismo, o qual responde secretando diversas substâncias, dentre elas as incretinas.

Ao injetar essas incretinas por meio das famosas “canetas”, nosso organismo entende que chegou a hora de parar de comer. O resultado dessa prática é que seus usuários reduzem até 15% do peso corporal, segundo a literatura científica, apenas comendo menos. Você poderia me perguntar: “Mas Lancha, eles comem menos o quê?”. A resposta é muito simples: eles comem tudo, menos.

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Ao usar os análogos de GLP1, não existe entre os indivíduos um controle de qualidade entre os alimentos ingeridos e os que deixaram de ser — apenas as pessoas comem igual comiam antes, apenas em menor quantidade.

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Ou seja, o emagrecimento, como a ciência sempre defendeu, é consequência do déficit energético.

Os usuários das incretinas comem alimentos ultraprocessados, in natura, chocolates, pães, pizzas, bebem cerveja, tomam vinho e tudo, absolutamente tudo, em menor quantidade.

A lição então das canetas é: quer emagrecer, coma de tudo, porém menos do que você gasta. Simples assim.

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