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Ironman 70.3: o que acontece com o corpo após uma prova de triatlo

Esforço extremo desafia os limites humanos e exige estratégias específicas para preservar saúde e desempenho após a prova

Por Rafael Rivas Pasco, médico do esporte, via Brazil Health*
21 set 2025, 04h00
triatlo-esporte
Cerca de um milhão de pessoas praticam triatlo em todo o mundo. No Brasil, são 25 mil (OSTILL/Getty Images)
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São Paulo recebe neste domingo (21) o Meio Ironman 70.3, um desafio que testa os limites do corpo e da mente.

São 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21,1 km de corrida, em um esforço que pode ultrapassar seis horas para a maioria dos competidores. Nesse período, o organismo enfrenta sobrecarga cardiovascular, perda intensa de líquidos e eletrólitos, desgaste muscular e estresse térmico, exigindo atenção especial ao treinamento, hidratação e recuperação.

+Leia também: O boom do triatlo: benefícios da modalidade e 12 dicas para começar

Desidratação e sobrecarga do coração após o Ironman

Durante a prova, a frequência cardíaca permanece elevada, variando entre 70% e 85% do máximo previsto para a idade, e pode atingir picos ainda maiores em subidas ou sprints finais. A temperatura corporal sobe, especialmente em percursos ensolarados, e a perda de líquidos pelo suor pode chegar a 3% do peso corporal.

Essa desidratação reduz o volume sanguíneo, compromete a manutenção da pressão arterial e diminui a capacidade de concentração, o que aumenta o risco de queda de rendimento e de sintomas como tontura ou visão turva.

Fadiga muscular e perda de energia

O esforço contínuo provoca microlesões nas fibras musculares, principalmente em pernas, quadris, costas e ombros, regiões exigidas ao longo das três modalidades.

O metabolismo consome grande parte das reservas de glicogênio, com produção de lactato e aumento do estresse oxidativo, fatores que explicam a sensação de exaustão e dor tardia após a linha de chegada.

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Estratégias de reposição de carboidratos, antioxidantes naturais e repouso adequado são fundamentais para otimizar a recuperação.

Impacto no cérebro, foco e estresse térmico

A combinação de calor, sudorese intensa e esforço prolongado afeta também o sistema nervoso central. A velocidade de reação e a precisão motora podem diminuir, especialmente na parte final da corrida, quando o cansaço mental se soma ao desgaste físico.

Planejar hidratação, reforço de sais minerais e práticas de resfriamento, como toalhas úmidas ou gelo nos pontos de apoio, ajuda a preservar reflexos e evitar quedas bruscas de desempenho.

Cuidados essenciais após cruzar a linha de chegada

Concluir um 70.3 exige mais do que comemorar. Logo após a prova, recomenda-se:

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  • Hidratação com bebidas isotônicas;
  • Ingestão equilibrada de carboidratos e proteínas para repor glicogênio e reparar fibras musculares;
  • Alongamentos suaves;
  • Se possível, liberação miofascial.

Avaliar a qualidade do sono, marcadores de fadiga e a evolução do treinamento permite ajustar rotinas para provas futuras e evitar sobrecargas.

Encarar um Meio Ironman requer planejamento físico, atenção à mente e monitoramento médico. A medicina esportiva oferece ferramentas para orientar treinos, hidratação, nutrição e estratégias de recuperação, garantindo que cada atleta desfrute do desafio com segurança e longevidade no esporte.

Rafael Rivas Pasco é médico do esporte, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e membro da Brazil Health

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(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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