Já imaginou ter água no seu pulmão sem ter se afogado? Parece absurdo, sim, mas é quase o que acontece quando temos um derrame pleural.
A pleura é o espaço entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica. O derrame pleural, consequentemente, é um acúmulo anormal de líquido nessa cavidade – não é exatamente dentro do pulmão, mas pode provocar sintomas bem parecidos.
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Como saber se você está tendo um derrame pleural?
Para identificar um derrame pleural, é importante ficar atento a sintomas como dor e sensação de peso no peito, dificuldade para respirar e tosse persistente. O diagnóstico geralmente começa com a avaliação desses sinais e o exame físico pelo médico.
Exames de imagem, como radiografias de tórax ou tomografia computadorizada, são usados para confirmar a presença de líquido acumulado na cavidade pleural. Além disso, o médico pode solicitar uma toracocentese, que é a retirada de uma amostra do líquido pleural para análise.
O que causa o derrame pleural?
Um derrame pleural pode ser classificado em transudato ou exsudato.
O transudato é geralmente causado por problemas no corpo que afetam a pressão e resultam em retenção de fluidos, como insuficiência cardíaca ou doenças do fígado. Nesse caso, o líquido acumulado é mais claro e contém menos proteínas e células.
Já o exsudato ocorre devido a inflamações ou infecções, como pneumonia ou câncer, que podem causar o acúmulo de fluidos. O líquido exsudato é mais espesso e contém uma quantidade maior de proteínas e células.
Possíveis tratamentos
O tratamento depende da causa subjacente da condição. Em casos de insuficiência cardíaca ou cirrose, ele geralmente envolve o controle da doença principal com medicamentos, como diuréticos, para reduzir a retenção de líquidos.
Quando a causa é uma infecção, antibióticos ou antivirais podem ser prescritos, conforme o micróbio responsável. Se o derrame for causado por câncer, o tratamento inclui quimioterapia, radioterapia ou cirurgia para tratar o tumor.
Em alguns casos, o líquido acumulado precisa ser drenado para aliviar os sintomas e melhorar a respiração. Em situações mais persistentes, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico, como a pleurodese, para prevenir novos acúmulos de fluidos.