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Cientistas criam novo tratamento para dor na articulação da mandíbula

Procedimento desenvolvido por pesquisadores mineiros apresentou resultados promissores, documentados em estudo

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 ago 2025, 12h00
cirurgia-atm
Até 10 milhões de brasileiros podem ser afetados por distúrbios na articulação temporomandibular  (Artur Plawgo/Getty Images)
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Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova estratégia para reduzir a dor de pessoas com problemas na articulação temporomandibular (ATM).

A condição faz parte do universo das disfunções temporomandibulares, que afetam articulação e os músculos responsáveis pela mastigação e podem causar dor, dificuldade para abrir a boca e até mesmo estalos ou rangidos na articulação.

Dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial apontam que 10 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de alteração na ATM.

“As DTMs geralmente têm origem na sobrecarga mecânica decorrente de má oclusão dentária [mordida errada] e dos hábitos de apertar ou ranger os dentes”, detalha o cirurgião bucomaxilofacial Fernando Melhem Elias, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“A suscetibilidade individual também pode influenciar a causa e a intensidade dos sintomas, seja ela de ordem anatômica, psicológica ou sistêmica”, prossegue o médico.

Desenvolvido por pesquisadores do Centro de Dor Orofacial da Rede Mater Dei de Saúde, em Belo Horizonte, o novo procedimento foi aplicado em 22 pacientes.

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Os resultados foram positivos, com registro de melhoras significativas na dor, abertura bucal e recuperação do desgaste ósseo em indivíduos com problemas avançados na ATM. Os achados foram publicados no periódico Scientific Reports, do prestigiado grupo Nature.

+ Leia também: O que é otite e como realmente aliviar a dor de ouvido

O tratamento da ATM hoje

O cirurgião do Hospital Oswaldo Cruz ressalta que é essencial diferenciar as disfunções articulares das musculares clinicamente, embora ambas possam coexistir.

“Cerca de 80 a 90% dos casos apresentam melhora com tratamentos conservadores, como placa, fisioterapia, medicamentos e orientação comportamental. Nos casos de comprometimento articular mais severo, pode haver indicação de procedimentos minimamente invasivos, como a artrocentese, técnica cirúrgica menos invasiva bem estabelecida na literatura que visa promover a lavagem da articulação”, pontua Elias.

Além disso, em uma minoria dos casos, pode ser indicada a realização de cirurgia aberta.

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A inovação

É justamente na criação de um método semelhante à artrocentese que os pesquisadores mineiros se concentraram. A inovacão desenvolvida é uma cirurgia minimamente invasiva que possibilita acessos aos compartimentos superiores e inferiores da ATM, a partir de marcos anatômicos precisos.

Além disso, a técnica inova ao apresentar recursos como instrumentos especiais, que possibilitam que o cirurgião use apenas um ponto de entrada para cada compartimento da articulação, tornando o processo mais simples, seguro e menos invasivo.

“O grande diferencial dessa técnica é o reparo estrutural dos componentes anatômicos comprometidos pela doença degenerativa, além de uma menor morbidade e a rápida recuperação do paciente, melhorando de forma relevante a qualidade de vida”, afirma o cirurgião-dentista Eduardo Januzzi, responsável pelo centro de Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular do Hospital Mater Dei e autor principal do estudo.

O trabalho destaca ainda o uso complementar da ultrassonografia, reforçando pontos como segurança e eficácia. Os dados mostram que todos os pacientes tiveram uma melhoras significativas nos objetivos do tratamento.

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Porém, os autores do estudo ressaltam a importância de estudos complementares, com amostras maiores e grupos de controle, para confirmar a aplicabilidade e a eficácia a longo prazo.

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