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Entenda como é feita a blefaroplastia, cirurgia que corrige as pálpebras

Procedimento que remove excesso de pele nas pálpebras não tem motivação apenas estética, podendo corrigir dificuldades para enxergar

Por Maurício Brum
30 Maio 2024, 15h25
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A blefaroplastia pode remover tanto o excesso de pele nas pálpebras quanto nas bolsas sob os olhos (wirestock/Freepik)
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Não é um blefe! A blefaroplastia, cirurgia plástica na pele que circunda os olhos, deve esse nome à palavra grega para “pálpebra” – blepharon. É dessa raiz, também, que vêm outros nomes relacionados a problemas ao redor do globo ocular, como a blefarite, uma inflamação nas pálpebras.

Esse procedimento costuma estar associado a uma preocupação estética, como remover a pele da região, que fica mais flácida com o avançar da idade.

Mas a blefaroplastia também pode ter indicações médicas. Isso porque, dependendo da forma como as pálpebras estão, isso pode acabar afetando o funcionamento dos olhos e a capacidade visual.

+Leia também: Câncer de pele também surge nas pálpebras, mas poucos se protegem

Como funciona a blefaroplastia e para quem ela é indicada?

A blefaroplastia é feita com anestesia local com o paciente sob sedação. No procedimento, o cirurgião faz uma pequena incisão na área que deve ser removida, geralmente em um ponto em que a cicatriz possa, posteriormente, ficar “disfarçada” pelas dobras do próprio olho.

Ao todo, o procedimento dura em média uma hora e meia, mas esse tempo pode variar conforme a complexidade.

A operação é indicada para qualquer pessoa com excesso de pele nas pálpebras, incluindo as bolsas embaixo dos olhos, que estejam sentindo algum desconforto estético ou problemas de visão associados. Não há restrição de idade para o procedimento, mas, como qualquer intervenção cirúrgica, é importante avaliar a saúde geral do paciente antes.

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É fundamental que paciente e médico tenham uma conversa franca sobre a blefaroplastia e eventuais opções alternativas, de modo a ajustar expectativas e, também, estar ciente dos cuidados pós-operatórios e possíveis complicações.

Quais são as possíveis complicações da blefaroplastia?

Em geral, o principal incômodo após a blefaroplastia é um inchaço na área que foi submetida ao procedimento. Esse edema costuma ser indolor, mas pode persistir por até 10 dias atrapalhando o movimento do olho e a capacidade de enxergar.

Além de complicações que podem ocorrer em qualquer procedimento estético, como hemorragias e problemas de cicatrização, outros pontos de atenção específicos da blefaroplastia envolvem uma possível dificuldade de fechar o olho (lagoftalmo) ou uma inversão da pálpebra inferior (ectrópio), que fica virada para fora.

Em geral, são problemas temporários, mas, caso eles ocorram, a recuperação tende a ser mais demorada. Em situações raras, pode ser necessário um novo procedimento para corrigir alterações inesperadas.

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E a blefaroplastia sem corte, o que é?

Em primeiro lugar, é bom não se enganar com o marketing: esse procedimento não é exatamente uma blefaroplastia.

Na “blefaroplastia” sem corte, são usados lasers ou plasma para estimular o colágeno, aumentar a rigidez da pele ao redor dos olhos e reduzir a aparência do envelhecimento.

Essa técnica menos invasiva, no entanto, não é uma cirurgia. Ela só funciona em casos mais leves, nos quais a pele ao redor dos olhos apresenta rugas ou flacidez. Quando há realmente um excesso de pele ou tecido gorduroso, a cirurgia continua sendo o método mais eficaz.

Por isso, é fundamental ouvir o médico para entender os potenciais e limites de cada procedimento e qual deles se adequa melhor às suas necessidades.

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