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“Fonte da juventude” é achada no intestino de idosos saudáveis

Estudo foi atrás do que pessoas mais velhas e cheias de saúde têm em comum com gente de 30 anos ou menos para descobrir as bases da longevidade

Por Ana Carolina Leonardi (da Superinteressante)
17 out 2017, 19h37
longevidade
Uma pesquisa foi atrás de alterações no corpo que fariam as pessoas viverem mais (Ilustração: Adams Carvalho/SAÚDE é Vital)
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Como envelhecer com saúde? Essa pergunta é tão importante quanto difícil de ser respondida. Sabemos que estilo de vida é tão crucial quanto a genética, mas não o quê, exatamente, faz a diferença entre uma velhice difícil e uma velhice saudável.

Foi exatamente isso que um estudo sino-canadense se propôs a investigar. Eles reuniram mais de mil voluntários chineses, de 3 a 100 anos. Todos eles tinha uma coisa em comum: eram muito saudáveis para sua faixa etária.

O que os cientistas queriam entender, especificamente, era o que os idosos com a saúde acima da média tinham em comum com os voluntários mais jovens que também eram supersaudáveis. E encontraram semelhanças enormes no intestino deles: os quase centenários tinham a flora intestinal (ou microbiota) quase idêntica a dos voluntários de 30 anos.

Vale lembrar que, no nosso intestino, carregamos a maior concentração de micro-organismos encontrada no corpo humano. Esse conjunto de bactérias é altamente personalizado e pode ter uma baita influência no metabolismo e no bem-estar em geral

O que acontece é que, conforme envelhecemos, a diversidade da microbiota diminui. Se há um desequilíbrio, bactérias oportunistas podem ganhar espaço excessivo e provocar estragos.

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O que o novo estudo descobriu é que essa queda na biodiversidade do intestino não é obrigatória – e que a microbiota que se mantém tão diversa quanto a de um corpo 60 anos mais jovem está fortemente associada a uma saúde melhor para o corpo inteiro.

Como sempre, ainda falta entender se é uma questão de causa ou consequência. Será que os idosos com um estilo de vida saudável vivem melhor e, portanto, tem uma microbiota mais diversa? Ou então seria ao contrário: as bactérias do intestino (que são tão essenciais) ajudam a manter o corpo todo em melhor estado?

A resposta dessa pergunta é essencial para entender quão longe se deve ir para alcançar as mesmas condições intestinais do idosos supersaudáveis.

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A opção mais simples, é claro, são mudanças na alimentação e probióticos, mas tem médicos apostando tanto na importância do intestino para o organismo que testam transplantes fecais para “reviver” a flora intestinal de pessoas com problema de saúde. E você, aceitaria um supercocô para melhorar seu organismo?

Este conteúdo foi publicado originalmente Superinteressante.

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