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Gravidez molar: entenda por que ela ocorre e o que fazer

Anomalia gestacional é marcada pela ausência ou inviabilidade do embrião, após uma fecundação que não ocorreu da maneira correta

Por Maurício Brum
22 jul 2025, 18h00
gravidez-molar
Anormalidades nas células que deveriam formar a placenta levam à ausência ou inviabilidade do embrião após a fecundação (Hellerhoff/Wikimedia Commons)
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A gravidez molar é uma anomalia rara da gestação que leva à ausência ou inviabilidade do embrião. Essa condição também é conhecida como doença trofoblástica gestacional (DTG), gravidez em mola, mola hidatiforme ou mola invasora, entre outras denominações conforme a malignidade do caso.

O problema exige identificação e tratamento precoce, já que casos malignos podem evoluir para um câncer.

O que exatamente é a gravidez molar?

Quando há uma gravidez molar, células que formariam a placenta, conhecidas como trofoblastos, acabam apresentando um crescimento anormal.

Dependendo da forma como o caso evolui, ele pode ser classificado como uma gravidez molar completa (quando o tecido placentário se incha e forma cistos, e não há um embrião) ou incompleta (quando o tecido da placenta não é totalmente irregular e pode ocorrer um embrião, mas não há condições de sobrevivência; a gestação costuma terminar em um aborto espontâneo ainda nas primeiras semanas).

O que causa a gravidez molar?

Não se sabe exatamente o que leva a essa anomalia, mas os casos estão relacionados a uma fertilização inadequada do óvulo pelos espermatozoides. Pode haver, por exemplo, uma fecundação de um óvulo sem os cromossomos maternos; ou a fertilização de um óvulo normal por dois espermatozoides simultaneamente, entre outras variedades que afetam a contagem cromossômica.

Alguns fatores de risco incluem a idade da gestante o quadro é mais comum antes dos 15 e após os 40 anos e o histórico de casos semelhantes no passado: cerca de 1% das gestantes acometidas pela DTG podem voltar a sofrer com o caso em uma gravidez futura.

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No entanto, por não ter uma causa de fundo bem definida, o problema pode ocorrer aleatoriamente e afetar qualquer pessoa com útero.

Como são os sintomas e o diagnóstico

No começo, a gravidez molar pode gerar sintomas típicos do início de uma gestação. Sinais de que algo pode estar errado incluem a presença de sangramentos mais intensos no primeiro trimestre. Em alguns casos, cistos que lembram pequenas uvas podem ser expelidos pela vagina.

+Leia também: Sangramento na gravidez: 10 possíveis causas para o problema

Os casos costumam ser identificados com exames padrão de ultrassonografia ainda no primeiro trimestre, em função das características visíveis.

Quando isso não ocorre e a DTG prossegue por mais tempo, podem surgir outros sinais clínicos ou identificáveis em exames de imagem ou laboratoriais, como o crescimento excessivo do útero para aquele momento da gravidez, hipertireoidismo ou o desenvolvimento de pré-eclâmpsia antes da 20ª semana.

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O que fazer em caso de gravidez molar

Devido à chance de uma evolução maligna do quadro, é fundamental que todo o tecido molar seja removido do interior do útero, o que pode envolver procedimentos de aspiração a vácuo e curetagem.

Em casos raros, quando o risco de complicações é elevado e não há intenções de voltar a engravidar, pode ser discutida a hipótese de uma histerectomia, a remoção completa do útero.

É importante seguir monitorando os níveis de HCG o “hormônio da gravidez” nos meses seguintes à remoção da mola. Caso esse marcador não diminua, pode ser indício para a necessidade de tratamentos complementares. Para pessoas que desejam voltar a engravidar, recomenda-se esperar 12 meses após o procedimento.

As melhores alternativas de tratamento e as possibilidades de tentar uma nova gestação devem ser discutidas caso a caso, sempre com a equipe médica que a acompanha, considerando fatores como a saúde geral da paciente, as características do caso e o desejo de voltar a engravidar.

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