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Gripe aviária em galinhas d’angola no Rio de Janeiro: qual o risco para nós?

Nove animais morreram após contato com o vírus, que está sendo registrado cada vez mais longe do litoral

Por Chloé Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jul 2025, 16h07 - Publicado em 23 jul 2025, 13h10
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Galinhas estão suscetíveis a infecção pelo influenza H5N1 (Beata Whitehead/Getty Images)
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Nove galinhas d’angola encontradas mortas no último dia 17 no BioParque, zoológico do Rio de Janeiro, estavam infectadas pela gripe aviária

Os animais estavam numa área chamada de Savana Africana, que ficará fechada por 14 dias como medida preventiva, prevista nos protocolos de biossegurança sobre o assunto. O restante do parque será reaberto ao público na quinta-feira, 24.

Anteriormente, casos de aves doentes em uma granja comercial em Montenegro, e no zoólogico de Sapucaia, ambas cidades gaúchas,  chamaram a atenção da imprensa.

O que a gente está observando é uma maior identificação do vírus em aves de diversos locais do país, em geral em criações domésticas, de fundo de quintal, próximas a corpos d’água, como lagos, rios e lagoas”, comenta a virologista Helena Lage Ferreira, professora da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.

Ela explica que a principal hipótese para estes focos é a contaminação por aves migratórias que carregam o vírus e o disseminam no ambiente onde vivem galinhas, patos e outros animais do gênero.

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O país vive atualmente um estado de emergência zoosanitária, que deve se estender até setembro.

Perfil de disseminação do vírus está mudando

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O vírus influenza H5N1 circula no país desde 2023 entre aves silvestres, principalmente as que vivem próximas ao litoral.

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Em outubro do mesmo ano, casos em mamíferos aquáticos começaram a ser registrados no Sul e no Sudeste brasileiros, aumentando a mortalidade destes animais, como apontou um estudo da Universidade de São Paulo (USP). Em Santa Catarina, para ter ideia, a letalidade e o encalhe de leões marinhos aumentou 1 600% no período, conta a pesquisa.

Só que, atualmente, o perfil de disseminação do H5N1 está mudando no país. “Comparando com anos anteriores, nota-se que as identificações não ocorrem mais só em áreas costeiras. Já foram identificados casos no interior do Ceará, Goiás, Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo e Mato Grosso”, comenta Ferreira.

“Isso nos sugere que o vírus tem circulado no Hemisfério Sul de forma importante“, completa a virologista, reforçando a necessidade de conduzir estudos genéticos para ter certeza do caminho que ele tem feito. A especialista também pontua que o maior número de registros pode ocorrer por uma sensibilização maior da população, frente às notícias dos primeiros focos em áreas comerciais no Rio Grande do Sul.

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O patógeno também circula em praticamente todas as regiões do planeta, com atenção especial ao Estados Unidos, onde já se estabeleceu em vacas leiteiras e inclusive provocou casos em humanos, que não transmitiram o vírus para outras pessoas, vale dizer.

+Leia também: Avanço da gripe aviária em mamíferos é sinal de alerta, afirma especialista

Qual o risco da gripe aviária para humanos?

Os achados até indicam que há uma circulação maior de H5N1 entre aves do país, mas não representa um risco elevado para nós. “Por enquanto, não há nenhuma modificação no cenário neste sentido, ainda trata-se de um vírus de animais“, ressalta Ferreira.

Os casos em humanos detectados pelo mundo foram esporádicos, resultado do contato com animais doentes. E não há nenhum registro no Brasil. O Ministério da Saúde faz um acompanhamento rigoroso de pessoas que podem ter sido expostas à gripe aviária.

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“A recomendação principal no momento é, ao identificar aves doentes ou mortas, não ter contato com elas, chamar os órgãos oficiais para que façam o devido manejo dos animais”, completa. 

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