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Lexa é internada com pré-eclâmpsia: saiba mais sobre os riscos e cuidados da condição

Quadro é associado ao aumento da pressão arterial, inchaço e perda de proteína pela urina durante a gravidez

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 jan 2025, 13h00
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Lexa está grávida da primeira filha (Foto: Instagram/Reprodução)
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A cantora Lexa, grávida de seis meses, foi internada em São Paulo, devido a um quadro de pré-eclâmpsia. A informação foi confirmada a VEJA SAÚDE pela assessoria da artista.

Em publicação no Instagram, Lexa anunciou também que vai se afastar da função de rainha de bateria da escola de samba Unidos da Tijuca, para priorizar os cuidados com a saúde.

A condição, que oferece riscos à saúde de gestantes e bebês, é associada ao aumento da pressão arterial, inchaço e perda de proteína pela urina durante a gravidez.

No Brasil, cerca de 7% das grávidas recebem o diagnóstico, segundo uma revisão de estudos feita por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O número está dentro da média mundial (que varia de 5% a 10%) e tem crescido nos últimos anos, apontam especialistas.

“A pré-eclâmpsia envolve uma resposta inflamatória sistêmica que pode causar comprometimento de vários órgãos”, pontua o obstetra e ginecologista Leandro Gustavo de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp).

+ Leia também: Hipertensão Arterial: o que é, sintomas e possíveis tratamentos

Sintomas de pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia se manifesta a partir da 20ª semana de gravidez, acompanhada de uma série de sintomas.

Entre eles estão a pressão igual ou superior a 140 mmHg por 90 mmHg, a presença de proteína na urina (proteinúria), inchaço e ganho de peso excessivo.

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    Vale destacar que a condição também pode ser assintomática. Por isso, é importante que grávidas realizem exames periódicos de urina e aferição da pressão arterial para garantir que a saúde esteja em dia.

    Causas

    A causa exata da pré-eclâmpsia ainda permanece desconhecida, mas acredita-se que ela esteja relacionada a disfunções placentárias.

    Isso porque, quando o tecido responsável por levar oxigênio e nutrientes ao bebê não se desenvolve como deveria, células chamadas trofoblastos (importantes para o desenvolvimento embrionário e da própria placenta), produzem substâncias inflamatórias.

    Essa inflamação pode atingir vasos de diversos órgãos, como fígado, rins e cérebro. Por isso, o comprometimento da pré-eclâmpsia vai além da hipertensão: ele é sistêmico.

    Fatores de risco

    Mulheres que enfrentam doenças crônicas prévias estão entre aquelas com maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia. A lista inclui hipertensão, diabetes, obesidade, síndrome metabólica, nefropatias (comprometimento renal) e doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico.

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    A condição também pode atingir mais as mulheres que estão grávidas pela primeira vez, já tiveram pré-eclâmpsia em gestações anteriores ou tem histórico familiar.

    Também são mais afetadas aquelas que estão em gestação gemelar (aguardando mais de um bebê), engravidaram pela última vez há 10 anos ou mais e já completaram 40 anos.

    + Leia também: 11 coisas que acontecem com o corpo da mulher na gestação

    Diagnóstico e tratamento

    O diagnóstico pode ser confirmado pela medição da pressão arterial e por exames de sangue e urina. Também são levados em consideração os sintomas relatados pela mulher.

    Além disso, são realizados exames de imagem para avaliar as características e condições do feto. Estas informações são essenciais para formular o plano de tratamento.

    Uma vez que a mulher apresente a condição, o quadro só irá cessar quando a placenta for retirada do útero. Por isso, a única forma de “curar a pré-eclâmpsia” é realizando o parto

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    A solução parece ser simples, mas, na verdade, demanda muita ponderação. Isso porque, quanto mais cedo a gestante apresenta o problema, maior é o risco de prematuridade do bebê.

    “O quadro de uma mulher com pré-eclâmpsia na 20ª semana é muito mais delicado do que o daquela que é afetada ao final da gestação”, compara Oliveira.

    De forma geral, o tratamento visa o controle da pressão arterial e o amadurecimento do feto. Quando o bebê for considerado apto a sobreviver fora do útero da mãe, o parto pode ser induzido ou realizado por cesárea.

    Ginecologistas e obstetras são os profissionais capacitados para indicar os medicamentos mais adequados tanto para o alívio do quadro da mulher quanto para o desenvolvimento do feto.

    O quadro também deve ser acompanhado por outros especialistas quando a paciente apresentar problemas de saúde prévios.

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    + Leia também: O que é diabetes gestacional: sintomas, diagnóstico e tratamento

    Complicações

    Quando a pré-eclâmpsia não é corretamente controlada, a gestante pode apresentar dores de cabeça intensas, confusão mental, distúrbios visuais e convulsões.

    Este quadro epiléptico é chamado de eclâmpsia e põe em risco a vida da mãe e do bebê. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), ele ocorre em menos de 0,3% das gestações.

    Ainda assim, a pré-eclâmpsia é uma condição preocupante. No mundo todo, mais de 70 mil mães e 500 mil bebês morrem todos os anos por conta deste problema. 

    No Brasil, ela é a principal causa de morte materna e também um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares a longo prazo.

    + Leia também: Pré-eclâmpsia dobra o risco de doenças cardíacas por até 10 anos

    Prevenção

    Uma forma evitar o surgimento da pré-eclâmpsia é cuidando previamente de condições que predisponham ao problema. “É essencial que pacientes com problemas crônicos consigam controlar seus quadros antes e durante a gestação”, afirma Oliveira.

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    A depender do fator de risco da mulher, também podem ser indicadas a suplementação de cálcio e a ingestão de ácido acetilsalicílico ao longo da gravidez.

    Manter hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e atividade física em dia, também pode ajudar. “São recomendações gerais que devem ser seguidas por todas as mulheres”, conclui.

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