O que é a esofagite, quadro que fez Bolsonaro cancelar agenda de julho
Ex-presidente enfrenta "esofagite intensa" e "gastrite moderada", segundo equipe médica. Orientação é de repouso total, moderação na fala e dieta regrada

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou cancelar toda a sua agenda do mês de julho após exames de endoscopia terem demonstrado que o político enfrenta um quadro de intensa esofagite e gastrite moderada.
Recentemente, Bolsonaro precisou se ausentar de eventos depois de passar mal em atos públicos e apresentar uma “crise de soluços e vômito”. A recomendação médica é que o ex-mandatário, de 70 anos, passe o mês inteiro em repouso.
O que é a esofagite?
A esofagite é uma inflamação do esôfago, tubo muscular localizado no começo do sistema digestivo, que leva os alimentos da garganta até o estômago.
Em geral, a esofagite surge como consequência do refluxo, que provoca irritações na mucosa que reveste o esôfago. O problema também pode estar associado a infecções ou alergias.
Pessoas com esofagite costumam apresentar azia, dor no peito e dificuldade para engolir. Pela associação com o refluxo, também podem ocorrer halitose e danos aos dentes, além de falta de ar e tosse.
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O tratamento mais conservador envolve medicamentos e adequações alimentares, além de adaptações no estilo de vida para lidar com comorbidades que costumam ser associadas ao problema, como a obesidade. É comum a indicação da prática de exercícios físicos. Casos que não respondem a essas medidas podem exigir cirurgia.
Entenda quadro de Bolsonaro
A recente crise de saúde de Jair Bolsonaro revelou um quadro intenso de esofagite, quando o problema é mais grave que o normal. Segundo os boletins médicos, além da inflamação típica desse quadro, o ex-presidente apresentou erosões na mucosa esofágica.
Bolsonaro também está com uma gastrite moderada. A gastrite é uma inflamação na parte seguinte do sistema digestivo, neste caso, já na mucosa que reveste o próprio estômago.
O ex-mandatário tem enfrentado uma série de problemas digestivos nos últimos anos, com complicações atribuídas à facada que ele sofreu durante a campanha presidencial de 2018. Em abril, antes dos episódios recentes de mal-estar e vômitos, Bolsonaro chegou a ser submetido a uma cirurgia de 12 horas para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal.
Além do repouso por um mês, Bolsonaro agora está submetido a um tratamento medicamentoso, com recomendação para moderar a fala e seguir uma dieta regrada até a melhora da inflamação.