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O que são altas habilidades? Entenda diagnóstico de Whindersson Nunes

Os termos altas habilidades e superdotação são utilizados em contextos semelhantes, mas têm algumas diferenças; entenda

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 ago 2025, 18h39 - Publicado em 7 ago 2025, 09h00
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Whindersson Nunes revelou diagnóstico de altas habilidades (Foto: Instagram/Reprodução)
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O influenciador Whindersson Nunes afirmou, em entrevista à imprensa, ter altas habilidades. O diagnóstico ocorreu durante internação para o tratamento da dependência de álcool.

Os termos altas habilidades e superdotação são utilizados em contextos semelhantes, mas apresentam algumas diferenças. Em resumo, as altas habilidades se manifestam após a aprendizagem, enquanto a superdotação pode aparecer antes disso.

“Altas habilidades se referem a um desempenho muito elevado do indivíduo em algumas áreas específicas, sejam cognitivas ou gerais como linguagem, artes ou até na aprendizagem acadêmica. O termo superdotação está mais relacionado a pessoas que tem um potencial geral elevado em todas as áreas”, explica a neuropsicóloga Priscilla Godoy, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

+ Leia também: Filho superdotado? Conheça sinais (e impactos) das altas habilidades

Sintomas e diagnóstico

A identificação pode ser realizada ainda durante a infância, pela observação clínica do comportamento infantil.

“O diagnóstico é feito a partir de uma avaliação neuropsicológica, em que se observa de forma global a eficiência do sujeito, com testes de QI, de inteligência, entre outros”, detalha Godoy.

O processo é complexo, envolvendo a a análise da criatividade, do comportamento social, das habilidades de linguagem, da memória e da comunicação.

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“Avaliamos os domínios cognitivos, sociais, emocionais, psicomotores e o contexto geral do indivíduo, incluindo também entrevistas com familiares, amigos e pessoas ao redor”, acrescenta a neuropsicóloga.

Apoio é necessário

Embora progridam mais rápido do que seus pares devido à maior facilidade em uma área do conhecimento, as crianças com altas habilidades precisam contar com o terreno fértil para prosperarem. Sim, também há percalços na vida delas.

“Apesar de muito se falar sobre crianças superdotadas, ainda sabemos pouco sobre como essas habilidades impactam a vida adulta. Algumas evidências mostram que adultos com altas habilidades tendem a buscar profissões mais desafiadoras, têm maiores chances de alcançar cargos de liderança e, em muitos casos, relatam satisfação com a carreira”, diz a neurologista Karina Massruha, do Einstein Hospital Israelita.

Mas, para que se cultivem os frutos do alto desempenho é necessário motivação, ambiente familiar favorável e oportunidades.

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“Mais do que um rótulo, ter altas habilidades significa lidar com potencial – mas também com responsabilidade, expectativas e escolhas. Sem apoio adequado, esse dom pode acabar se perdendo pelo caminho”, acrescenta a neurologista.

+ Leia também: Dá para aprender braile brincando

Vale destacar que não há um padrão entre pessoas com altas habilidades e que a condição não faz de ninguém uma espécie de “gênio”.

“Em vez de apoio, muitas pessoas com altas habilidades enfrentam expectativas exageradas, sensação de isolamento ou incompreensão. Esse impacto pode ser ainda mais forte entre as mulheres, que muitas vezes encontram barreiras adicionais, tanto sociais quanto profissionais”, destaca Massruha.

Nem tudo são flores

“Caso não haja uma identificação precoce e adequada, podem surgir comprometimentos. A começar pelo âmbito social, uma vez que são pessoas com criatividade aguçada, forma de socializar diferente ou ideias de resolução de problemas diferenciadas. Isso pode, por exemplo, bater de frente com as ideias de grupos sociais em que aquela pessoa está inserida”, frisa a neuropsicóloga do Hospital Oswaldo Cruz.

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Por vezes, crianças com altas habilidades são desafiadoras e podem trazer perguntas percebidas como incômodas, especialmente no contexto escolar.

Por outro lado, podem se entediar com atividades tradicionais em aula, passando a conversar ou apresentar inquietação, comportamento muitas vezes confundido com o quadro de transtorno do déficit de atenção ou hiperatividade (TDAH).

Nesse contexto, ambiente escolar deve promover a integração e inclusão, considerando as especificidades de cada aluno para o melhor aproveitamento de suas habilidades.

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