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Pessoas imunocomprometidas têm maior risco de desenvolver o herpes zoster¹

O enfraquecimento do sistema imunológico contribui para a manifestação do vírus¹

Por Abril Branded Content
Atualizado em 8 jan 2024, 14h07 - Publicado em 15 dez 2023, 12h52
 (iStock/Divulgação)
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Encontrar pessoas portadoras do vírus varicela zoster, causador do herpes zoster, é mais comum do que se imagina.¹ Para se ter uma ideia, cerca de 94% dos brasileiros adultos acima de 20 anos podem estar infectados com o vírus.²,³ E entre as pessoas com mais chances de desenvolver a doença estão os pacientes imunocomprometidos. A incidência do herpes zoster em pacientes submetidos a transplante de medula pode ser até nove vezes maior quando comparada à população geral. ⁴

Entre aqueles mais suscetíveis a ter a doença estão as pessoas imunossuprimidas, como os pacientes transplantados, diagnosticados com câncer ou que usam medicamentos imunossupressores, que têm uma diminuição da imunidade e, por isso mesmo, apresentam maior chance de desenvolver doenças infecciosas”, explica a médica Maisa Kairalla, geriatra e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Experiência traumática

Convivendo com o HIV há oito anos, a designer gráfica Ana Gomes, 30, faz parte desse grupo de risco. Em 2016, enquanto enfrentava uma depressão, Ana passou por um período de estresse no trabalho, foi quando notou um incômodo no olho esquerdo. “Começou com uma dor leve, mas logo depois surgiram pequenas bolhas ao redor do olho e na testa, que ardiam muito. Passei a sentir dor de cabeça. Naquela época, eu não estava fazendo o tratamento para HIV e a minha imunidade estava muito baixa. Para completar, eu estava passando por um período de estresse e depressão”, ela lembra.

Assim que percebeu os sintomas, Ana se dirigiu a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi rapidamente diagnosticada com herpes zoster. “Assim que a enfermeira viu as bolhas, já diagnosticou. Comecei o tratamento com um remédio antiviral e uma pomada, mas desenvolvi uma reação alérgica ao medicamento, com coceiras, irritações e manchas na pele.  Meu olho ficou inchado, com muito mais bolhas, e eu sentia muita dor. Enxergava tudo embaçado, quase perdi a visão. Mesmo assim, não interrompi o tratamento. Os médicos me prescreveram outra pomada e aos poucos fui melhorando”, lembra ela, que levou 2 meses para se recuperar totalmente.

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“Foi uma experiência traumática, nunca imaginei passar por isso. Além da dor, não podia sair de casa, foi uma fase terrível”, recorda Ana. Apesar de ter sofrido bastante, o fato de ter sido rapidamente diagnosticada e tratada permitiu que Ana não enfrentasse um período ainda mais longo de dores ou um quadro mais grave.

Um vírus latente

O varicela zoster é o mesmo vírus que causa a catapora, muito comum na infância.¹ “Após o primeiro contato, o vírus permanece adormecido no organismo, geralmente em um gânglio sensitivo dorsal, no sistema neurológico, e pode vir a ser reativado como herpes zoster em alguma fase da vida, principalmente, diante de uma situação de estresse ou queda da imunidade”, explica Maisa.

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Dados de um estudo realizado nos Estados Unidos mostram que uma em cada três pessoas poderá desenvolver a doença em algum momento.¹  “Além dos imunossuprimidos, as pessoas acima de 50 anos, que passam por um processo chamado imunossenescência, que é o envelhecimento natural do sistema imune e a redução da capacidade de resposta a esse vírus, também têm a propensão de sofrer com o herpes zoster ou desenvolvê-lo de forma mais grave”, conta a médica Maísa.

Sintomas e complicações

Geralmente, os primeiros sinais da doença incluem o surgimento de erupções cutâneas, sensação de formigamento, dor em uma área da pele, dor de cabeça ou mal-estar geral.¹ O paciente pode sentir, ainda, fisgadas e sensação de dor aguda proporcional a de um choque.5 Porém, alguns pacientes sofrem de dor prolongada ou outras complicações.¹

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“Entre elas, a mais comum é a neuralgia pós-herpética, na qual o paciente apresenta maior resistência ao tratamento e sofre com uma dor tão intensa que pode impactar diretamente a qualidade de vida.

“Algumas pessoas chegam a compará-la à dor do parto ou da cólica renal. Esse sofrimento impacta o sono, a autonomia, pode levar a quadros depressivos e outros problemas, e pode durar seis meses, um ano ou, até mesmo, a vida toda”, conta Maisa, destacando que outras formas graves da doença são o herpes cerebral ou oftálmico, que podem causar paralisias, diminuição da audição ou visão, acidente vascular cerebral (AVC) entre outros sérios problemas, com sequelas para toda a vida.

“Felizmente, o diagnóstico tem sido cada vez mais fácil, o que tem levado ao tratamento precoce – até 72 horas contadas a partir do início dos sintomas. Quanto antes detectado, menor o risco de complicações, melhor resultado terapêutico e melhor o prognóstico. Por isso, caso sinta algum sinal, procure rapidamente ajuda médica”, alerta a geriatra.

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Referências

  1. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, v. 57, RR-5, p. 1-30, 2008.
  2. CLEMENS, S. Et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999
  3. REIS, Alexanda Dias; et al. Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela-zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36: 317-320, 2003.
  4. CHEN, S. Y. el al. Incidence of herpes zoster in patients with altered immunefunction. Infection, v. 42, n. 2, p. 325-334, 2014.
  5. YAWN, B. et al. The global epidemiology of herpes zoster. Neurology, 81(10): 928-930, 2013.

    NP-BR-HZU-JRNA-230016 – Dezembro/2023

    Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.

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