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Por que levar o celular para o banheiro aumenta o risco de hemorroidas

Condição pode ser provocada, principalmente, por hábitos do dia a dia; saiba como identificar e tratar a doença

Por Priscila Carvalho, da Agência Einstein*
15 nov 2021, 16h45
fazer coco
Fazer muita força enquanto está no vaso sanitário pode trazer prejuízos. (Ilustração: Marcus Penna/SAÚDE é Vital)
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Ir ao banheiro acompanhado do celular já virou hábito para algumas pessoas. Mesmo aparentemente inofensiva, a distração aumenta o risco do surgimento das hemorroidas.

Isso porque sentar-se no vaso sanitário e fazer muita força para evacuar provoca uma dilatação dos vasos sanguíneos, o que aumenta o risco de ruptura. Em casos graves, pode gerar uma trombose hemorroidária, ou a formação de coágulos de sangue no ânus.

Não é aconselhado ficar no banheiro muito tempo fazendo força. Sentar ali e não induzir a força não tem problema, mas provocar um esforço não é bom”, ressalta André Augusto Pinto, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica e Minimamente Invasiva (Sobracil).

Quando a ação se torna repetitiva, os vasos do canal do ânus se dilatam, podendo provocar tanto as hemorroidas externas quanto as internas. As externas ocorrem de forma frequente e com uma concentração maior no ânus ou no final do canal anal, semelhante a varizes. Já as internas estão localizadas acima da região anal (dentro do reto), e geram sintomas de dor e muito sangramento.

Dificuldades para evacuar? Fique atento

Nem sempre a pessoa desenvolve as hemorroidas por perder tempo no vaso conferindo as redes sociais. As causas mais comuns, de acordo com Eduardo de Paula Vieira, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), são a obstrução intestinal e as fezes ressecadas.

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A prevenção envolve uma dieta balanceada, rica em fibras, e o aumento na ingestão de água. O consumo de alimentos condimentados, exercícios físicos pesados e mesmo uma herança genética também contribuem para o surgimento da lesão.

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Dos sintomas que é preciso ficar atento durante a evacuação, a SBCP destaca:

• Dor;
• Sangramento;
• Prolapso (abaulamento ou descida de parte do reto para fora do corpo).

Ainda de acordo com a entidade, o prolapso pode voltar sozinho ou exigir que seja empurrado para dentro. O sangramento também pode ter intensidade variável e, em geral, é na cor de vermelho vivo.

“Uma inchação persistente após defecar pode gerar uma sensação de inflamação, produzindo um desconforto e sendo muito doloroso. A coceira (prurido) ao redor do ânus é também um sintoma comum”, destaca a entidade no site.

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Quem tem mais risco?

Mulheres estão em maior risco que os homens para o desenvolvimento das hemorroidas devido a uma questão hormonal, que reduz a absorção de água pelo organismo. “Com isso, as fezes ficam mais ressecadas. E, quanto mais ressecadas, mais tempo demora para passar pelo intestino e chegar até o ânus”, explica André Augusto Pinto, cirurgião.

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Gestantes também estão mais suscetíveis, pois durante a gravidez o útero aumentado comprime as veias da região anal, aumenta a pressão abdominal e diminui o retorno do sangue venoso (pobre em oxigênio). O risco de gerar as hemorroidas, então, aumenta.

Durante esse período, é recomendado que as mulheres durmam do lado esquerdo para descomprimir a região e promover um retorno de sangue adequado. Pessoas com obesidade também podem sofrer com o problema devido ao aumento de pressão na região do períneo, destaca Eduardo de Paula Vieira, coloproctologista.

Tratamento

Tratar as hemorroidas depende do grau e evolução da doença. Geralmente, são indicadas pomadas aplicadas no local, além de medicamentos para diminuir o inchaço e a dor.

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Seguir uma dieta balanceada e rica em fibras também faz parte do tratamento e é recomendada para pacientes que sofrem com a condição no grau 1 e 2, considerados mais leves. Quando o tratamento não é feito de forma correta, a doença pode reaparecer.

Se a enfermidade atingir níveis mais graves, classificados como 3 e 4, e causar muita dor, o procedimento cirúrgico é o mais indicado. Ao realizar a cirurgia, a doença fica estável.

*Esse texto foi originalmente publicado na Agência Einstein.

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