Pré-diabetes: o que é, quais os riscos, e como tratar
Essas alterações na glicemia nem sempre levam ao diabetes, mas já exigem atenção médica imediata
Se você já fez algum exame de glicemia que apresentou alterações, mas não chegava a ser enquadrado como diabetes, é bem provável que tenha ouvido um termo que entrou na linguagem popular, mas ainda causa muita confusão: pré-diabetes.
Como o nome sugere, essa situação pode anteceder um quadro de diabetes propriamente dito, embora nem sempre evolua para isso. Tratar o quadro o quanto antes após o diagnóstico é fundamental para obter resultados melhores.
Saiba mais sobre como o pré-diabetes surge, as maneiras de identificar essa situação e o que pode ser feito para frear sua progressão.
O que é pré-diabetes? Há sintomas?
O pré-diabetes é uma classificação dada para achados laboratoriais em que a glicemia não pode ser considerada normal, mas ainda não se elevou o suficiente para ser chamada de diabetes.
Critérios para essa definição incluem glicemia de jejum com níveis entre 100 e 126 mg/dL ou hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4%.
A recomendação é que todo adulto com mais de 45 anos realize exames para avaliar esses marcadores ao menos uma vez por ano.
A idade pode baixar para 35 se há riscos elevados de diabetes, como em pessoas com sobrepeso ou obesidade, problemas cardiovasculares, hipertensão, síndrome dos ovários policísticos e histórico de diabetes gestacional, entre outros.
Na grande maioria dos casos, o pré-diabetes é assintomático, evoluindo de forma silenciosa. Em algumas situações, podem haver sintomas pouco específicos como o escurecimento da pele em dobras do corpo. Como a ausência de sinais clínicos é o mais comum, exames de sangue para avaliar a existência do pré-diabetes costumam ser a única maneira de monitorar o quadro.
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Quais os riscos do pré-diabetes? Ele sempre vira diabetes?
O grande risco do pré-diabetes é a possibilidade de evoluir para diabetes tipo 2. Quando isso ocorre e a doença não é controlada, pode haver uma série de complicações graves de saúde, com uma maior propensão a problemas cardiovasculares e renais, neuropatias, alterações na visão e até amputações.
A progressão para um quadro de diabetes não é inevitável. Ou seja: nem todo pré-diabético vai necessariamente evoluir para a complicação mais grave e crônica associada a essa alteração. Mas é preciso agir: uma vez que o diagnóstico de pré-diabetes tenha sido confirmado, mudanças de hábitos são fundamentais para tentar frear esse desfecho indesejado.
Como é o tratamento
Pessoas com pré-diabetes devem necessariamente adotar mudanças nos hábitos cotidianos, iniciando a prática de exercícios físicos regulares, buscando a perda de peso, e adotando hábitos alimentares mais saudáveis, com mais fibras e menos gorduras saturadas, por exemplo.
Conforme avaliação médica, também podem ser indicadas outras abordagens de tratamento, com medicamentos específicos para o quadro, o uso das chamadas canetas emagrecedoras ou até mesmo uma cirurgia bariátrica, em casos de obesidade mais severa.
O melhor curso de tratamento deve ser definido individualmente, de acordo com os níveis de glicemia da pessoa, seu peso, idade e outros fatores de saúde próprios de cada caso.
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