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Relógio biológico desajustado na menopausa aumenta risco de câncer colorretal

Estudo revela que um estilo de vida equilibrado pode reduzir drasticamente o risco de câncer de intestino, incentivando cuidados simples que salvam vidas

Por Fernando Maluf, oncologista, via Brazil Health*
7 out 2025, 14h15
menopausa
Levantamentos mostram impactos do climatério na vida das mulheres (Gráficos e ilustrações: Rodrigo Damati e Estúdio Coral/Veja Saúde)
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A medicina tem buscado, de forma intensa, entender os mecanismos que levam ao surgimento do câncer. Esses conhecimentos são fundamentais para criarmos estratégias que diminuam a incidência da doença e melhorem a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

Um estudo publicado recentemente traz uma nova perspectiva para a prevenção do câncer de intestino, um dos tumores mais comuns e uma das principais causas de morte por câncer no Brasil e no mundo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia utilizaram dados de um grande banco de informações de saúde e genética de milhares de mulheres brancas na pós-menopausa, entre 50 e 79 anos. A partir de amostras de sangue coletadas até 17 anos antes do diagnóstico, eles avaliaram o envelhecimento do organismo.

O resultado foi claro: mulheres cuja idade biológica estava acima do esperado tinham probabilidade até 20 vezes maior de desenvolver câncer de intestino, especialmente quando consumiam poucas frutas e verduras.

Já aquelas que mantinham uma alimentação rica em frutas e verduras não tiveram aumento do risco, mesmo quando eram biologicamente mais velhas. Ou seja, cuidar do que colocamos no prato pode compensar parte do impacto do envelhecimento no organismo e ajudar a prevenir o câncer.

+Leia também: Casos de câncer colorretal na rede privada crescem 80% em 8 anos

Fatores de risco e hábitos de vida

Outro ponto que chamou atenção foi o das mulheres que retiraram os dois ovários antes da menopausa natural. Elas apresentaram uma idade biológica mais avançada e, associando isso ao envelhecimento acelerado, o risco de câncer de intestino era ainda maior.

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Isso mostra como os hormônios e a história reprodutiva da mulher devem ser sempre avaliados.

Esses achados reforçam algo que já defendemos há algum tempo, com base em dados científicos sólidos: o estilo de vida é um dos pilares mais importantes da prevenção do câncer. Estimativas apontam que até metade dos casos da doença poderiam ser evitados com medidas como:

  • Alimentação equilibrada;
  • Prática regular de atividade física;
  • Evitar cigarro;
  • Moderação no consumo de álcool.

Especificamente para o câncer de intestino, a dieta rica em fibras, a redução do consumo de carnes processadas e manter um peso saudável fazem toda a diferença.

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A importância do rastreamento e do acompanhamento

Além da prevenção primária, cada vez mais evidências mostram que mudar o estilo de vida pode impactar também o prognóstico de quem já recebeu o diagnóstico.

Em um dos maiores congressos de oncologia do mundo, um trabalho de grande repercussão revelou que pacientes com câncer de intestino em estágios iniciais ou intermediários que praticaram atividade física regular após o tratamento tiveram redução significativa do risco de retorno da doença e melhora da qualidade de vida.

Isso reforça que cuidar do organismo vai além da prevenção: faz parte do tratamento e da recuperação.

Outro aspecto importante que o estudo epigenético sugere é que, no futuro, poderemos usar marcadores moleculares para identificar quem precisa de um rastreamento mais próximo.

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Atualmente, a colonoscopia é o principal exame para detectar pólipos e tumores precocemente, indicada a partir dos 45 anos ou antes, em pessoas com histórico familiar. Quanto mais cedo diagnosticamos, maiores as chances de cura e, muitas vezes, é possível retirar lesões antes que virem câncer.

O avanço da medicina nos permite unir ciência de ponta a ações práticas de saúde pública e educação da população. Investir em hábitos saudáveis, incentivar o rastreamento e, no futuro, usar ferramentas como a epigenética podem transformar a realidade do câncer de intestino no Brasil.

*Fernando Maluf é oncologista e head regional da Brazil Health

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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