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Remédio “original” ou genérico? Como escolher na farmácia?

Saiba quais são as diferenças entre eles e o que levar em conta na hora de comprar

Por Valentina Bressan
9 abr 2025, 15h29
remédios
Remédios de diferentes classes podem ter o mesmo efeito sobre o organismo e gerar dúvidas na hora da compra (Freepik/Freepik)
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Ao comprar a medicação receitada pelo médico, podem surgir dúvidas quando o farmacêutico pergunta se você prefere o original ou o genérico. Afinal, qual a diferença entre os dois? Um é pior do que o outro?

Para acabar com suas dúvidas de vez, saiba que o remédio genérico não é pior que o original (também chamado de medicamento de referência). As diferenças estão no preço, mas ambos são seguros e fabricados a partir da mesma fórmula.

O que diferencia o genérico do original?

Para chegar às prateleiras da farmácia, um novo remédio percorre um caminho longo. A farmacêutica precisa comprovar que a droga é eficaz e segura, e também estabelecer a dose e as orientações para uso. Primeiro, os cientistas fazem testes aplicando o remédio em animais – em geral, camundongos.

Se a medicação se provar segura, a próxima etapa, chamada de fase clínica, é feita com humanos. Os grupos de voluntários que experimentam o tratamento são pequenos de início, e depois ampliados até chegarem a milhares de pessoas.

É só após cumprir todas essas etapas que a medicação pode ser comercializada. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) verifica se o remédio tem todos os requisitos para chegar à população. Essa formulação inovadora, lançada nas farmácias, é chamada de medicação de referência ou original.

Você deve imaginar que todos esses testes geram altas despesas. Assim, a lei das patentes permite que a empresa responsável pelo lançamento do remédio seja a única a comercializar a droga por até 20 anos.

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Quando esse período de exclusividade expira, dizemos que a patente foi “quebrada”. Ou seja, outras farmacêuticas podem ter acesso à fórmula, produzir e vender essa mesma medicação.

Esses remédios são chamadas de genéricos. Como essas empresas não tiveram de bancar os testes clínicos, o valor repassado ao consumidor fica menor. A legislação brasileira determina que o genérico deve ser no mínimo 35% mais barato que o original.

+Leia também: Genéricos, similares e medicamentos de referência: qual a diferença?

O genérico funciona tão bem quanto o original?

Sim! O princípio ativo das duas opções é o mesmo princípio ativo é aquela substância que produz efeitos no corpo. Além dela, os remédios tem outros componentes, como estabilizantes e saborizantes.

A lei brasileira define que os genéricos passem por testes para comprovar a equivalência em relação ao medicamento de referência: a ação sobre o organismo, o tempo de absorção, a quantidade de princípio ativo e o tempo de eliminação precisam ser equivalentes ao remédio original para que o genérico seja aprovado.

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E os similares?

Os similares são outra classe de remédios que, assim como os genéricos, precisa ter o mesmo princípio ativo, concentração e indicação que o original.

Podem existir diferenças em relação ao tamanho e forma do remédio, assim como ao prazo de validade, a rotulagem e os veículos. Esses remédios também passar por testes para garantir a segurança e eficácia.

Para identificar os remédios na farmácia, é importante saber que, além de precisar trazer a tarja amarela e a letra G obrigatórias na embalagem, o genérico não pode ter “nome fantasia”. Um exemplo prático: Tylenol é o nome medicamento de referência do princípio ativo paracetamol.

Então, o genérico só pode trazer o termo “paracetamol” na embalagem. Já os similares podem ganhar outro nome comercial.

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Para ter certeza de que o medicamento similar é equivalente ao de referência, a Anvisa disponibiliza uma lista que pode ser consultada no site.

Quando posso fazer a troca?

No balcão da farmácia, você deve estar atento ao seguinte: um remédio de referência pode ser trocado tanto pelo genérico quanto pelo similar.

Mas se a receita do médico indica um genérico, não é possível trocar para um similar, e vice-versa. Isso porque os testes de equivalência são feitos entre o genérico e o original, e entre o similar e o original. Não são realizados testes comparando o genérico ao similar, então este tipo de troca não é permitida.

O genérico na receita também pode ser trocado pelo medicamento de referência na hora da compra.

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