Síndrome de Sjögren: entenda a doença autoimune que afeta Fernanda Keulla

A apresentadora e ex-BBB Fernanda Keulla revelou na segunda-feira, 7, o diagnóstico de síndrome de Sjögren. A doença autoimune é conhecida por sintomas como secura nos olhos, boca e outros órgãos, além de cansaço intenso e dores.

Em vídeo publicado no Instagram, Keulla relata ter percorrido um longo percurso até o diagnóstico da condição. “Demorei muito tempo pra entender que estar doente todos os dias, toda semana, não era normal. O cansaço extremo, a fadiga que eu sentia, era algo que, além de me gerar uma autocobrança muito alta, as pessoas ao redor percebiam”, declarou a apresentadora.

Na publicação, que apresenta imagens de internação em hospital, ela conta que, por diversas vezes, permaneceu sem forças para levantar da cama, precisando se ausentar das redes sociais.

Conheça os sinais e sintomas e o tratamento da síndrome de Sjögren.

O que é síndrome de Sjögren?

A síndrome de Sjögren é uma doença autoimune rara caracterizada principalmente por sintomas como boca e olhos secos, além de cansaço extremo.

A secura se desenvolve por conta de disfunções em células do sistema imunológico que invadem glândulas que produzem fluidos, como as lágrimas e a saliva, desencadeando um processo inflamatório.

“A síndrome de Sjögren pode levar a dores no corpo e articulares, provocar inflamação no pulmão e falta de ar, afetar o sistema nervoso central com impactos neurológicos importantes, além de problemas vasculares e renais”, elenca o médico reumatologista Roberto Ezequiel Heymann, do Einstein Hospital Israelita.

Apesar de ser um agravo amplo, as manifestações podem variar de uma pessoa para outra, entre quadros leves ou mais graves, que chegam a afetar a qualidade de vida.

As causas exatas do desenvolvimento do agravo não são totalmente esclarecidas pela ciência. Embora seja considerada como hipótese a combinação de fatores genéticos e do ambiente.

Diagnóstico e tratamento da síndrome de Sjögren

O diagnóstico da síndrome de Sjögren é realizado a partir de avaliação clínica dos sintomas, considerando também alterações nos exames de sangue, de raio x, e biópsia, que consiste na análise de fragmentos das glândulas salivares, por exemplo.

Não existe cura para a doença. Contudo, é possível melhorar a qualidade de vida a partir do controle dos sintomas apresentados pelo paciente.

“Para boca e olhos secos, costumamos orientar o uso de saliva e lágrima artificiais, por exemplo. Os pacientes devem ter cuidado redobrado com a higiene com a gengiva e os dentes devido à falta de saliva, que acaba provocando a deterioração dentária”, explica Heymann.

O manejo de sintomas mais graves considera a utilização de outros recursos, como remédios anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores, de acordo com orientação e acompanhamento médico.

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