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Tecnologia melhora qualidade de vida de pacientes neurológicos

Novo tratamento atua no controle de sintomas como tremores, rigidez e movimentos involuntários

Por Abril Branded Content
17 dez 2020, 16h00
Medtronic
 (iStock/iStock)
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O Parkinson, distúrbio típico da terceira idade, é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, só perdendo para o Alzheimer. Há mais de 10 milhões de pessoas convivendo com ela em todo o globo.¹ No Brasil, não há números exatos, mas estima-se que 200 000 pessoas tenham a doença.² 

Resultado da queda crônica da produção de dopamina, neurotransmissor que atua, principalmente, nas células nervosas,¹ ela afeta o sistema nervoso central e o controle motor do paciente.¹ Entre seus sintomas estão alterações como tremor de repouso e lentidão, dificuldade em andar, distúrbios do sono, dor nas articulações ou costas, constipação, perda do olfato, depressão, ansiedade e problemas urinários.¹

A doença ainda não tem cura, mas, graças à Terapia de Estimulação Cerebral Profunda, já é possível tratar sintomas associados não só à doença de Parkinson, como também a Tremor Essencial, Distonia Primária, Epilepsia e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Alívio dos sintomas

Chamada de DBS (do inglês, deep brain stimulation – estimulação profunda do cérebro, em tradução livre), a terapia usa um dispositivo médico implantado cirurgicamente, semelhante a um marca-passo cardíaco, para fornecer estimulação elétrica a áreas precisamente direcionadas do cérebro. “Esses pulsos melhoram as funções perdidas por doenças neurológicas. Por exemplo, quem tem Parkinson apresenta lentidão nos movimentos voluntários – chamado de bradicinesia –, tremores, rigidez e caminhada em pequenos passos, entre outros sintomas. Com o implante, no entanto, há expressiva melhora na velocidade e amplitude da marcha, redução da rigidez e do tremor. O paciente se torna mais ágil”, explica o neurocirurgião Murilo Marinho, especialista em Distúrbio do Movimento pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O geólogo José Maria Sobrinho foi submetido à cirurgia para implante do DBS há dois anos, e viu sua qualidade de vida se transformar. “Eu estava com apenas 58 anos e não era capaz de realizar sozinho as atividades corriqueiras do dia a dia, como escovar os dentes, abrir e fechar o zíper da calça, pentear o cabelo ou cortar um bife. Nem tomar água sem derrubar eu conseguia. Agora, faço tudo isso sem ajuda. Tenho autonomia para seguir a minha rotina. Levantou minha autoestima, sou outra pessoa, quase nem gaguejo mais”, conta, animado. 

Inovação e tecnologia de ponta

Atenta ao desenvolvimento de soluções que aliviem a dor e restabeleçam a saúde da população, a Medtronic, uma das maiores empresas globais de tecnologia, serviços e soluções médicas, acaba de trazer ao Brasil a versão mais atual do DBS. Trata-se do neuroestimulador Percept™ PC com tecnologia exclusiva BrainSense™, que detecta e registra os sinais cerebrais de um paciente, permitindo um tratamento mais personalizado e baseado em dados.

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Percept
Dispositivo Percept (Medtronic/Divulgação)

Enquanto a versão anterior mandava o pulso de acordo com a programação estabelecida previamente pelo médico, o novo neuroestimulador é capaz de registrar as atividades do cérebro, principalmente aquelas anormais, decorrentes da doença. “Por meio desse mapeamento, conseguimos adequar os estímulos, ajustar os parâmetros, aumentar ou diminuir a voltagem e, dessa forma, prolongar a estabilidade do paciente ao longo do dia”, explica Marinho.

Para ter acesso aos dados, via tablet, o médico só precisa instalar um aplicativo. A partir daí, todos os eventos são compartilhados em uma espécie de diário digital com a equipe médica, que poderá comparar e identificar tendências e mudanças ao longo do tempo.

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Entre as vantagens oferecidas pela tecnologia BrainSense™ está a precisão no tratamento, uma vez que a equipe médica tem acesso a dados objetivos dos sinais cerebrais do paciente, adequando a terapia sem a necessidade de recorrer somente à avaliação clínica ou a relatos de impressões pessoais do paciente ou de seus cuidadores.

Além disso, a nova tecnologia permite a realização de ressonâncias magnéticas, um dos principais exames de controle da doença de Parkinson, e conta com maior durabilidade e menor consumo de energia.

“A inovação simplifica a forma de lidar com a doença, oferecendo ao médico dados mais precisos que interferem na sua decisão, de forma a melhorar as funções prejudicadas pela doença”, explica Marinho. Consequentemente, há ganho para a saúde e o dia a dia do paciente, que pode retomar suas atividades, recuperar sua independência e ter mais qualidade de vida.

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Referências:
Parkinson’s Foundation. Disponível em: https://www.parkinson.org/Understanding-Parkinsons/Statistics. Acesso em: out. 2020.
Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.blog.saude.gov.br/index.php/34589-doenca-de-parkinson. Acesso em: out. 2020.

 

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