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Transplante de medula óssea: mitos, verdades para que serve

Conheça esse procedimento e responda as principais dúvidas que o envolvem – ele é mais simples do que se imagina e combate várias doenças

Por Da Redação
Atualizado em 12 dez 2019, 18h05 - Publicado em 29 mar 2018, 12h46
como é feito transplante de medula óssea
Um único doador pode salvar a vida de vários pacientes. (Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital)
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Leucemia e outros tipos de câncer, imunodeficiências e mais problemas da pesada podem ser tratados ou mesmo curados com o transplante de medula óssea. “E os doadores voluntários, cada vez mais escassos, ajudam milhares de pacientes” afirma o onco-hematologista Celso Massumoto, em comunicado.

Coordenador da área de Transplantes de Medula Óssea do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, Massumoto explica que a doação é simples, rápida e nada burocrática. Mais do que isso, a pessoa pode fazer várias vezes ao longo da vida, sem qualquer prejuízo para a saúde.

É basicamente assim: o voluntário visita o centro, faz um cadastro e retira 5 mililitros de sangue. Esse material será analisado para verificar componentes da medula que indicam a compatibilidade com outros pacientes.

Além disso, os especialistas verificam se há alguma doença que poderia ser transmitida a quem receberia a doação. Ou seja, de quebra você ganha um checkup rápido.

A partir daí, é só esperar. Quando alguma pessoa compatível com sua medula necessitar de um transplante, os especialistas entram em contato para fazer o procedimento da doação em si.

Para explicar esse processo e resolver outras dúvidas sobre o tema, Massumoto elencou os principais mitos e verdades sobre o transplante de medula óssea. Confira:

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1) Qualquer pessoa pode doar a medula – Mito.

Não há muitas restrições, mas os doadores devem ter entre 18 e 55 anos e não possuir doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico, como lúpus ou diabetes tipo 1. No mais, eles precisam estar em ótimo estado de saúde.

2) A doação é dolorosa – Depende.

O incômodo pode ser de leve a moderado. E há duas formas de fazer.

Em uma, o doador é anestesiado e, então, o médico faz punções da medula dos ossos da bacia com uma espécie de seringa.

Na outra, mais moderna, um tipo de tubo é ligado a uma veia perto da bacia do paciente. Por meio de uma máquina, células da medula óssea são coletadas. Esse processe se chama aférese.

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3) Posso doar mais de uma vez – Verdade.

A medula se regenera em 15 dias após a doação. Caso seja encontrado um novo paciente, dá pra repetir o processo após esse período. Em resumo, um único doador pode ajudar muita gente.

4) Eu volto às atividades diárias rapidamente – Verdade.

A recomendação médica são três dias de repouso. Como a doação é prevista em lei, dá para se ausentar do trabalho sem crise e receber atestado médico, dependendo do estado de recuperação.

5) O processo de doação é burocrático – Mito.

É possível se cadastrar como doador em hemocentros de qualquer estado. Você encontra o mais perto da sua casa clicando aqui.

O cadastro é guardado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que é o órgão responsável por procurar voluntários compatíveis entre as pessoas cadastradas.

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Como o processo envolve a coleta de sangue e uma pequena entrevista para verificar o estado de saúde do indivíduo, é realmente necessário visitar algum centro presencialmente.

6) Atualizar o cadastro ajuda na hora da doação – Verdade.

É comum que alguns anos se passem antes de o doador ser chamado. E, nesse tempo, você talvez tenha mudado de casa ou telefone.

Para que as instituições consigam entrar em contato com você, mantenha o seu cadastro atualizado. Os voluntários já registrados no REDOME podem fazer isso por aqui.

7) A doação só vale para minha cidade – Mito.

O banco de dados dos voluntários é global. Caso não seja encontrado um doador no país em que o paciente está, há uma busca por pessoas compatíveis em outras nações.

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Nesse caso, a coleta é feita no país de origem e o governo de cada país pode transportar o material até o receptor.

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