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Vacina da gripe 2023: o que saber sobre os imunizantes disponíveis

Imunizante oferecido por clínicas particulares protege contra mais cepas do que a versão disponível no SUS. Investigamos quem deveria investir

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 11 abr 2023, 08h58 - Publicado em 10 abr 2023, 15h24
campanha de vacina da gripe
Vacina da gripe oferecida pelo sistema público protege contra três cepas do vírus influenza. (Foto: CDC/Unsplash/Divulgação)
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Hoje começa oficialmente a campanha de vacinação nacional contra a gripe de 2023.

O sistema público de saúde oferece a vacina trivalente contra o vírus influenza, causador da doença. Ela protege contra duas cepas do tipo A, e uma do tipo B — estão contempladas a mutação H3N2, que surgiu em 2021, a H1N1 e a Victoria.

Como todos os anos, as injeções serão dadas a pessoas que fazem parte dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. A expectativa é imunizar pouco mais de 81 milhões de pessoas.

Esses grupos são definidos de acordo com pesquisas que indicam qual perfil tem maior risco de complicações e morte caso seja infectado pelo vírus influenza.

“As grávidas, por exemplo, não eram contempladas até 2009, quando passamos a receber notificações de óbitos entre essas mulheres”, explica Monica Levi, pediatra e presidente Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

+ Leia também: Por que a vacina da gripe precisa ser reaplicada todos os anos?

Os indivíduos mais vulneráveis à ação do influenza podem ter complicações sérias, como infarto e AVC.

Cabe destacar que se vacinar contra a gripe protege até o coração. Estudos apontam que indivíduos imunizados teriam um risco 34% menor de desenvolver males cardiovasculares nos 12 meses seguintes após receber a dose.

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Quem pode se vacinar contra a gripe no SUS:

  • Idosos com 60 anos e mais 
  • Trabalhadores da saúde 
  • Crianças (de 6 meses e menores de 6 anos – que ainda não completaram essa idade)
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Povos indígenas 
  • Professores 
  • Indivíduos com comorbidades 
  • Pessoas com deficiência permanente 
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários
  • Forças de segurança e salvamento
  • Forças armadas
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • População privada de liberdade com mais de 18 anos de idade
  • Adolescentes e jovens em medidas socioeducativas

“É muito importante que as pessoas listadas recebam a dose, tanto para a própria proteção como para evitar que um surto maior ocorra”, ressalta Monica.

Quem tem contato com imunossuprimidos também pode se vacinar gratuitamente, só que nas unidades dos CRIEs – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais.

“Pouca gente tem essa informação. Às vezes, nem os profissionais dos postos de saúde sabem disso. Mas é fundamental que essas pessoas estejam imunizadas, e os CRIEs são subaproveitados”, defende Monica.

O que fazer se estiver fora dos grupos prioritários?

A recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é que todas as pessoas que se encaixem nos grupos de risco visitem os postos de saúde para tomar a vacina da gripe.

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Quem está fora da lista tem duas opções. Ou esperar para ver se as doses gratuitas serão disponibilizadas para mais gente — o que costuma acontecer depois de o grupo prioritário ser vacinado  — ou pagar pelo imunizante em clínicas particulares.

+ Leia também: Gripe: quem são os mais vulneráveis à doença e como protegê-los?

Qual a diferença entre as vacinas da rede pública e privada?

Enquanto o SUS disponibiliza a vacina trivalente, as clínicas particulares ofertam a quadrivalente, capaz de proteger contra quatro cepas.

Essa fórmula blinda contra duas cepas do tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B (Victoria e Yamagata).

Hoje, contudo, é possível encontrar mais de uma versão da quadrivalente na rede privada.

É que há uma nova fórmula desenvolvida especialmente para a população com mais de 60 anos. Chamada de “high-dose” (ou “alta concentração”, em português), ela possui mais antígenos do que a quadrivalente comum.

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Os antígenos são as moléculas que instigam o organismo a produzir anticorpos contra determinada doença.

Normalmente, cada injeção possui 15 microgramas de antígeno contra cada cepa do influenza. Já essa versão mais potente possui 60 microgramas de antígeno para cada cepa, para atender especialmente à necessidade dos idosos.

+ Leia também: Gripe e cia.: a eterna corrida das vacinas

É que, a partir dos 60 anos, tem início a fase de imunossenescência, que é a queda natural da imunidade por causa do envelhecimento.

“Esse imunizante é quatro vezes mais potente, e confere 24% a mais de proteção a essa população. Há uma boa vantagem aos idosos”, avalia Paula Natassya Argolo, médica alergista e imunologista, da Clínica Croce, de São Paulo.

A versão turbinada da quadrivalente já é usada em outros países.

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“Mas, claro, o importante mesmo é ter a vacina no braço”, ressalta a especialista. A SBIm também reforça que a vacina do SUS é eficaz e segura.

Jovens adultos, que não fazem parte dos grupos prioritários do SUS, podem tomar a quadrivalente simples, que já é suficiente para proteger indivíduos saudáveis.

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