Norovírus está por trás de casos de virose no litoral paulista
A fonte que causou a infecção permanece em investigação pela Secretaria Estadual de Saúde em conjunto com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista

Os casos de gastroenterite e diarreia nas cidades de Guarujá e Praia Grande, no litoral de São Paulo, foram causados por dois subtipos de norovírus. A confirmação ocorre após a análise das amostras pelo Instituto Adolfo Lutz. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).
“Estas informações são importantes para orientar o tratamento aos pacientes. No entanto, estamos investigando, em conjunto com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista, a fonte que causou esta infecção”, afirmou Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças da secretaria, em comunicado.
Os pacientes tiveram sintomas como náuseas, cólica, vômito e diarreia, que tendem a se resolver em cerca de três a cinco dias. Vale destacar que crianças, idosos e pessoas com a saúde debilitada são mais suscetíveis a complicações.
Os sinais de alerta para a busca por atendimento médico incluem cansaço excessivo, prostração, desidratação, febre persistente e dificuldade para se movimentar e se alimentar.
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Estou com norovírus: como posso me cuidar?
Em casos de diarreia e vômito, o maior perigo é a desidratação. Priorize sempre a ingestão de fluidos. Em algumas situações, pode ser necessário repor também a perda eletrolítica, quando o organismo está carente de sais minerais. Neste caso, o uso de soro caseiro é uma alternativa.
Por ser uma doença de evolução relativamente rápida que normalmente é combatida pelo corpo, não costumam ser indicados outros medicamentos.
Quadros mais graves de infecção por norovírus são raros, mas acontecem, e podem exigir internação hospitalar para aplicação de fluidos intravenosos e cuidados complementares.
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Como se proteger do norovírus?
O norovírus é conhecido por ser resistente fora do corpo humano, o que favorece não apenas a transmissão direta, mas também contágios a partir de superfícies contaminadas. Lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal sem higienização prévia são medidas de prevenção fundamentais.
Além disso, o vírus pode ser contraído pela ingestão de água e alimentos contaminados. Em caso de surtos da doença, evite tomar água da torneira sem fervê-la antes, lave bem os produtos que vão ser consumidos in natura e se certifique que a comida esteja inteiramente cozida.
No verão, outra forma típica de contágio é por se banhar em águas infectadas por esgoto. Evite se refrescar em córregos ou locais próximos a cursos d’água que podem receber dejetos humanos.