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Você já ouviu falar em cabines de saúde?

Com o avanço da telemedicina e novas tecnologias, pequenas estações começam a marcar presença nos atendimentos e podem facilitar consultas e diagnósticos

Por Goretti Tenorio
2 jul 2024, 13h54
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Totens de autoatendimento, cabines de telemedicina e outras iniciativas podem facilitar acesso à saúde (macrovector/ Freepik/Veja Saúde)
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A pandemia de Covid-19 impulsionou a telemedicina, cuja regulamentação vinha sendo discutida sem grandes progressos até então. O formato de consulta à distância ganhou força, e a possibilidade de prescrições de exames, receitas digitalizadas e outras inovações impulsionaram o teleatendimento em diferentes áreas da saúde.

Num país marcado por complexas questões sociais, as primeiras cabines de saúde sugiram como ferramenta de enfrentamento da emergência sanitária.

Foi o caso do projeto premiado elaborado pela ONG SAS Brasil, que, em 2020, colocou em operação pequenas estações de atendimento em comunidades carentes. Devidamente equipadas com sistema de desinfecção, para evitar contágios, elas foram inicialmente instaladas em duas comunidades do Rio de Janeiro.

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A proposta era dar orientação rápida e efetiva a milhares de pessoas, evitando idas desnecessárias a hospitais e pronto-socorros. Nas estações, munidas com dispositivos como medidores de pressão, temperatura e oxigênio, os próprios visitantes aferiam seus sinais vitais.

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Por meio de webcam, médicos faziam as avaliações e passavam as recomendações. Quando detectavam algum caso suspeito de Covid, o sujeito era monitorado e encaminhado para consultas presenciais se necessário.

+ Leia também: Tecnologia permite realizar exames físicos a distância

Inteligência artificial nos diagnósticos

A tendência dos atendimentos autônomos por meio de quiosques passou a ser vista como uma alternativa para desafogar os serviços de saúde em casos de baixa complexidade e também uma maneira de viabilizar atendimentos em lugares remotos.

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No campo da medicina diagnóstica, a tecnologia embutida nas cabines, a exemplo de inteligência artificial, é recurso valioso para acelerar diagnósticos e fazer rastreamentos de doenças.

Um exemplo é a solução desenvolvida no Hospital de Amor, referência em oncologia em Barretos, no interior de São Paulo, para investigar lesões de pele. Vencedora do Prêmio VEJA SAÚDE Oncoclínicas de Inovação Médica em 2023, o Projeto Retrate é uma plataforma de teledermatologia que, além de agilizar a detecção de câncer de pele, incluindo o melanoma, chama atenção para os riscos da exposição exagerada ao sol e orienta sobre cuidados com a pele.

O dispositivo combina um aplicativo e uma cabine fotográfica que, instalada em um shopping center local, utiliza a inteligência artificial para selecionar casos prioritários para análise.

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A parte da frente tem uma estação com telas sensíveis ao toque e câmera de alta resolução. Os visitantes preenchem um cadastro e podem enviar fotos de suas manchas e pintas. As informações coletadas são esmiuçadas remotamente pela equipe envolvida no projeto. Se forem observadas lesões suspeitas, o indivíduo é convocado para uma consulta presencial.

A edição 2024 do Prêmio VEJA SAÚDE Oncoclínicas de Inovação Médica está em andamento e deve jogar luzes em iniciativas como essa. Os trabalhos vencedores serão anunciados em setembro. Acompanhe as novidades por aqui.

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