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Isolamento não é sinônimo de solidão

Idosos são mais vulneráveis ao distanciamento social. Como ampará-los neste momento?

Por André Biernath
Atualizado em 15 Maio 2020, 14h00 - Publicado em 15 Maio 2020, 14h00
Isolamento não é sinônimo de solidão
Usar aplicativos de videochamada é uma boa saída para conversar com os familiares de todas as idades (Foto: Alex Macro/Getty Images)
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Não tem jeito: enquanto não existir vacina ou remédio, ficar trancado em casa é uma das melhores estratégias para conter o avanço do novo coronavírus. Claro que o isolamento social, que deve persistir mesmo diante de algumas flexibilizações, produz efeitos adversos, especialmente na população que já passou dos 60 anos.

Num editorial escrito para o periódico científico The Lancet, epidemiologistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, destacam que a falta de contato com outros nessa faixa etária  é um problema de saúde pública, com repercussões nos sistemas imune, cardiovascular e neurológico. Esses indivíduos também sofrem maior risco de desenvolver depressão e ansiedade quando não interagem com familiares e amigos.

“Trabalho há anos com pessoas de 80, 90, 100 anos, e o que eles mais valorizam é a independência, o movimento e a autonomia”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg, autora do livro A Bela Velhice (Editora Record). Para minimizar os danos, o jeito é apostar em conversas telefônicas ou por aplicativos de videoconferência.

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(Ilustrações: Arte Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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