Será que seu cachorro pode ser vegetariano? Novo estudo traz respostas

Deixar de comer carne não é uma tendência apenas entre humanos, a dieta vegetariana também está crescendo entre os cães. Se bem que… Ainda estamos falando de pessoas, já que, no final das contas, quem escolhe a ração são os tutores.

O problema é que os produtos à base de vegetais podem deixar algumas lacunas quando o assunto envolve nutrição. É o que aponta um novo estudo, conduzido por experts da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, publicado na revista científica PLOS One.

Os cachorros são onívoros, isso quer dizer que buscam fontes de nutrientes em carnes e vegetais. Porém, as rações verdes, muitas vezes comercializadas como completas, não contêm todos os macro e micronutrientes necessários que os cães não conseguem produzir e precisam obter por meio da alimentação.

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Como foi feito o estudo

Os especialistas analisaram o conteúdo nutricional de mais de 30 rações secas, incluindo 19 com carne, seis à base de plantas e outras seis de formulação veterinária, pobres em proteínas, voltada para pets com problemas renais.

A avaliação mostrou que, nos produtos à base de plantas, os níveis de iodo e vitamina B para cães adultos geralmente estavam abaixo do recomendado pelas diretrizes da federação europeia que cuida da indústria alimentar dos pets.

Mas uma boa notícia! Os pesquisadores de Nottingham pontuam que os dois nutrientes estão disponíveis na forma de suplementos. Ou seja, não seria tão prejudicial assim adotar uma dieta veg para seu cãozinho.

No geral, as rações de carne e plantas apresentaram perfis nutricionais semelhantes em termos de proteínas e aminoácidos. O trabalho revelou ainda que nenhum dos alimentos atendeu aos padrões da federação europeia para todos os nutrientes indicados aos cães adultos.

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Todos atingiram as metas de vitamina D, mas somente 17 alcançaram as diretrizes para aminoácidos, 5 para minerais, e 4 para as vitaminas do complexo B.

As descobertas podem ajudar a orientar as escolhas alimentares dos tutores, mas ainda há lacunas no conhecimento. O estudo em questão não considerou as necessidades nutricionais de cães mais jovens, ainda em crescimento,  nem levou em conta a bioquímica do sistema digestivo, que pode impactar os níveis de nutrientes realmente absorvidos de um alimento completo.

No Brasil, um estudo conduzido por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) revelou problemas nutricionais em alimentos destinados a cães e gatos.

A análise, também publicada no periódico PLOS One, destaca que todos os produtos testados apresentados um ou mais nutrientes abaixo do recomendado, enquanto outros apresentaram excesso de zinco e cobre.

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