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Carambola: quais os benefícios e quando a fruta pode fazer mal?

A carambola traz vantagens nutricionais, mas não é para todo mundo: saiba quando ela deve ser evitada

Por João Antonio Streb
17 abr 2024, 11h40
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Com moderação, a carambola pode ser uma fonte de fibras e vitamina C com poucas calorias, mas é preciso estar atento às condições de saúde que podem ser afetadas por ela (Hugo Kruip/Unsplash)
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Nativa do sudeste asiático, a carambola tem mais de 200 anos de história no Brasil. Também chamada de fruta-estrela por conta de seu formato, ela começou a ser plantada em Pernambuco em 1817, encontrando um clima favorável: graças ao calor e à umidade, ela se tornou viável em várias áreas do país, e hoje é encontrada em todas as regiões.

A origem da palavra tem relação com o Concão, localizado na Índia próxima ao Mar de Omã, região onde se encontra a Vila de Karambal, que influenciou na etimologia do fruto da caramboleira.

Apesar de não ser muito usado na atualidade, existe a expressão verbal “carambolar”, que indica algo como “intriga”, “briga” ou “discussão”. A ironia da situação é que o consumo da própria fruta-estrela tem carambolado, já que, embora traga benefícios nutricionais, também deve ser consumida com cautela por algumas pessoas.

A carambola faz mal à saúde?

Mesmo que seja uma fruta com fibras, água, sais minerais e vitamina C, a carambola contém duas substâncias que podem ser perigosas.

Uma delas é caramboxina, uma toxina que está em pequena quantidade na carambola e é solúvel em água. Pessoas saudáveis não têm muitos problemas com ela, pois filtram o composto pelos rins e o expelem pela urina.

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+Leia também: Como alcançar a meta diária de fibras na alimentação?

No entanto, pacientes com problemas renais e diabetes podem não conseguir eliminar a toxina do organismo.  Esse acúmulo causa toxicidade neurológica, com diferentes graus de gravidade. Sintomas vão desde vômitos, confusão e insônia até quadros muito graves (e raros) com convulsões e coma, sendo potencialmente fatais.

Outra substância perigosa na carambola é o ácido oxálico, que na presença de água passa por uma ionização e forma oxalato. Outra vez, essa substância normalmente é expelida pela urina, mas seu excesso pode levar à formação de pedras nos rins.

A presença excessiva de oxalato no organismo também pode afetar a absorção de cálcio e ferro.

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Por isso tudo, o consumo de carambola deve ser evitado por pessoas com tendências de formação de cálculos renais, artrite, reumatismo e gota. Caso você tenha alguma condição dessas, é bom negócio ouvir médico e nutricionista antes de inserir a fruta na rotina.

Até mesmo pessoas sadias devem ter um consumo moderado, já que ainda há poucos estudos para entender qual o limite de consumo da carambola em uma rotina saudável.

Quais são os benefícios trazidos pelo consumo da carambola?

Apesar da lista de riscos ser extensa, a carambola ainda traz benefícios para a saúde, desde que consumida com moderação e por pessoas sem histórico de problemas que podem ser agravados pelas substâncias presentes na fruta. Podemos listar:

  • Auxilia na saúde da pele: a presença de vitamina C tem ação antioxidante, que combate os radicais livres e previne doenças crônicas, e estimula a produção de colágeno, responsável pela elasticidade e firmeza da pele.
  • Ajuda contra a constipação: as fibras presentes na carambola, como aquelas encontradas em outras frutas, ajudam a manter uma rotina estomacal regular.
  • Aliada da dieta: a fruta-estrela tem nutrientes, mas tem um baixo valor calórico. Pode auxiliar em regimes que buscam o emagrecimento, mas deve ser parte de uma rotina saudável. Outras frutas e verduras, além da prática de exercícios físicos, compõem a receita do sucesso nessa seara.
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