A cisteína, na sua forma acetilcisteína, é um remédio considerado essencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É usado para tratar a overdose de paracetamol, uma condição rara no Brasil, mas comum nos Estados Unidos – onde se tornou uma das causas evitáveis transplante hepático – e também como diluidor de muco nas doenças pulmonares.
Não à toa, uma das formas mais comuns da acetilcisteína é em xarope expectorante.
Mas a cisteína também pode ser encontrada na forma de suplemento alimentar – e daí advém sua popularidade. Saiba mais sobre ela abaixo.
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Para que serve a suplementação de cisteína
A cisteína é um aminoácido crucial para a formação de um antioxidante, a glutationa, que por sua vez é indispensável no combate ao excesso de radicais livres que causam danos às células e aos tecidos.
Ao fazer este combate, a glutationa produzida a partir da cisteína torna-se uma aliada da imunidade e de doenças agravadas pelo estresse oxidativo, como enfermidades cardíacas, psiquiátricas e infertilidade. É também usada por atletas de alto desempenho para neutralizar os radicais livres da intensidade do exercício físico.
A glutationa está presente no fígado em grandes quantidades. É por isso que ela é usada para tratar intoxicações hepáticas por paracetamol ao neutralizar os radicais livres causados pelo dano ao órgão.
Onde encontrar a cisteína e quais suas indicações
Nosso corpo produz a cisteína em pequenas quantidades, mas ele precisa de quantidades adequadas de vitaminas B6 e B12, além do folato, para produzi-la. Uma dieta equilibrada consegue suprir as doses necessárias de cisteína.
O importante é colocar proteínas, além do feijão, lentilha, espinafre, banana, salmão e atum nas refeições.
Mas a lista de condições que a cisteína pode ajudar tem crescido. Hoje, o aminoácido está sendo pesquisado ou recomendado no tratamento de uma série de condições e doenças. Veja quais são:
- Enfisema pulmonar
- Bronquite
- Danos hepáticos
- Tratamento da ressaca
- Doenças neurodegenerativas como o Alzheimer
- Infertilidade causadas por síndrome dos ovários policísticos (SOP) e endometriose
- Controle da glicemia
- Doenças cardíacas
- Transtorno bipolar e depressão
É claro que a suplementação da cisteína só deve ser indicada por um médico ou nutricionista, que poderá mensurar a dose precisa para idade ou condição. A cisteína pode interagir com medicação anticoagulante – por isso, um cuidado extra é indicado para quem faz uso desses fármacos.