Jiló: conheça os benefícios e como inserir na alimentação
Esse fruto é mesmo amargo, mas com um pouco de criatividade pode fazer parte de uma dieta saudável e variada. Saiba tudo sobre o jiló
Luiz Gonzaga já dizia “Saudade assim faz roer, amarga qui nem jiló”. O rei do baião não sabia que, diferente da saudade, o jiló não precisa ser amargo. O fruto (sim, pode não parecer, mas o jiló é tecnicamente um fruto) tem até potencial antioxidante.
Com casca verde e lisa e polpa branca e macia, o jiló é encontrado na Ásia e África, e também é conhecido por uma variedade de outros nomes: tomate amargo, berinjela etíope, nakati, ovos de jardim, abóbora-em-pau ou khamen akhaba. O nome científico traz uma pequena homenagem a um dos seus locais de origem: Solanum aethiopicum, que pode ser traduzido para “alívio etíope”.
Espalhado por todo Brasil, estima-se que o jiló tenha chegado aqui através dos escravizados que foram trazidos para a exploração de cana-de-açúcar em Pernambuco.
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Quais são os principais benefícios do jiló?
Apesar de ser encontrado na amadurecido na natureza com coloração amarela, vermelha ou verde-clara, a variação vendida nos hortifrutis são verdes ainda em amadurecimento. O formato também varia entre o redondo (como um tomate) ou comprido (como uma berinjela).
As utilidades do jiló são diversas. Veja abaixo alguns benefícios do jiló:
Auxilia em dietas para perder peso: o fruto é pouco calórico e rico em água (cerca de 90% do alimento), ajuda a alcançar a saciedade, além de ser rico em fibras. Lembrando sempre que o emagrecimento só é possível quando se gasta mais calorias do que se ingere, então é preciso incorporar outros hábitos saudáveis.
Ajuda durante a anemia: o jiló é rico em vitaminas A, C e do complexo B, minerais como cálcio, potássio, magnésio, fósforo, flavonoides (antioxidantes) e ferro, o que ajuda a combater a anemia causada pela deficiência do mineral no organismo.
Aliado da saúde cardíaca: o potássio presente no alimento regula o nível de sódio no sangue, tem potencial antioxidante e junto da tiamina (B1) auxilia no funcionamento do coração.
Facilita o controle do diabetes: por não ter carboidratos e rico em fibras, o jiló auxilia no controle da glicose, evitando picos ou quedas abruptas de açúcar no sangue.
Potencial para a pele: a propriedade antioxidante ajuda a combater os radicais livres, uma característica que poderia ajudar a retardar o envelhecimento da pele.
Ameniza o mau hálito: o amargor da fruta induz o aumento da salivação, que tem potencial bactericida, uma função associada à redução de halitoses.
Recomenda-se cuidado no consumo para quem tem excesso de ferro no organismo ou que tenha intestino mais sensível, já que a fruta é rica em água e fibras.
Como incluir o jiló na alimentação?
O jiló é amargo quando consumido puro, mas existem técnicas para amenizar isso. O fruto é muito usado em sucos, principalmente em bebidas “detox” com limão (já que tem potencial antioxidante), mas também pode ser colocado em saladas ou refogados com outros vegetais, que reduzem o amargor do produto da mesma forma que o limão.
Como o fruto pode ser consumido tanto cru quanto cozido, uma forma eficiente de amenizar o sabor amargo do jiló é deixar o fruto em água com sal por um tempo de 15 a 20 minutos e só após esse processo cozinhá-lo.