Diego Salvanha, cientista da computação, sempre se interessou por alimentos fermentados. Mas foi durante uma viagem ao exterior que ele conheceu produtores de iogurte artesanal e decidiu investir no skyr, um dos laticínios mais populares dos países do norte da Europa, em especial da Islândia. “O retorno foi tão positivo que montei uma empresa e, agora, disponibilizamos nossos produtos para mercados e empórios de São Paulo”, conta Salvanha, sócio-proprietário da Moo.
Na receita, há somente leite de vaca semidesnatado pasteurizado, fermentos lácteos e probióticos. “Essa combinação favorece o sistema imune, os ossos e os músculos, além de dar saciedade”, afirma a nutricionista Caroline Martinelli, da consultoria Equilibrium, na capital paulista. Assim como os iogurtes gregos de verdade, o skyr chama a atenção pelo alto teor de proteínas e pela textura mais encorpada.
Outra vantagem: não tem adição de açúcar. A versão natural, bastante versátil, pode entrar em receitas doces e salgadas. Para quem não curte o sabor levemente azedo, a marca oferece opções com mel, geleia natural de morango ou laranja com gengibre.
Mil e poucos anos de história
Acredita-se que o skyr já era famoso na Escandinávia quando a Islândia foi colonizada. Os vikings, habitantes da região, utilizavam o soro do iogurte para conservar carnes e vegetais, dando origem a um alimento superproteico que oferecia mais disposição para encarar os dias frios.
Duelo de titãs
De um lado, 130 gramas de skyr; de outro, a mesma quantidade do iogurte grego que segue à risca a fórmula original e está disponível no Brasil. Para fechar a disputa, a versão do grego mais comercial que se popularizou por aqui:
Skyr
Energia – 122 calorias
Proteínas – 15 g
Carboidratos – 4 g
Gorduras totais – 6 g
Cálcio – 159 mg
Grego original
Energia – 80 calorias
Proteínas – 14 g
Carboidratos – 6 g
Gorduras totais – 0 g
Cálcio – 130 mg
Grego comercial
Energia – 185 calorias
Proteínas – 7,9 g
Carboidratos – 20,8 g
Gorduras totais – 8,1 g
Cálcio – 249 mg