Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Menos sedentarismo, mais obesidade: a saúde brasileira mudou em uma década

A nova edição da pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde com mais de 50 mil pessoas, traz boas e más notícias sobre o estilo de vida no país

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 4 mar 2021, 12h22 - Publicado em 13 Maio 2020, 19h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nos últimos dez anos, a porcentagem de tabagistas no país caiu quase pela metade, enquanto o consumo de álcool se manteve estável. Paralelamente, a obesidade se disseminou e os brasileiros estão se exercitando mais – o índice de fisicamente ativos saltou de 14,7% para 39%.

    É o que aponta a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Para a nova edição, que reúne dados de 2019, cerca de 52 mil pessoas maiores de 18 anos foram ouvidas nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

    Como é realizado anualmente, o levantamento permite traçar um panorama amplo da saúde e dos hábitos nacionais. Abaixo, listamos algumas das principais mudanças dos últimos dez anos.

    Atividade física

    O número de praticantes regulares de exercícios físicos cresceu significativamente, chegando a quase 40% dos indivíduos. O maior índice é de Palmas (TO), onde metade dos respondentes declara realizar ao menos 150 minutos de atividades moderadas no tempo livre por semana. Já São Paulo (SP), com 34,6%, ficou na última posição.

    Em 2009, a parcela de adeptos era considerada modesta em todas as cidades estudadas – chegando a 10% em São Paulo, de novo a pior colocada, e a 21% em Vitória (ES), a campeã daquele ano.

    Ou seja, temos um bom avanço. Mas vale destacar que 44,8% da população segue não atingindo a cota de atividade física recomendada.

    Continua após a publicidade

    Pior: 13,9% dos brasileiros são completamente sedentários. Entra nessa categoria quem não praticou nenhuma atividade no tempo livre nos últimos três meses e não faz esforço físico no trabalho nem no deslocamento para ele.

    Obesidade e excesso de peso

    Há dez anos, 13,9% da população apresentava obesidade — hoje são 20%. Entre os 45 e 64 anos, a taxa de obesos está na casa dos 24%. Já nos jovens, o número é de 19%. A doença é mais prevalente em pessoas com baixa escolaridade (menos de oito anos da vida estudando).

    O sobrepeso cresceu em passo semelhante, de 46,6% para 55,4%. Ou seja, mais da metade dos brasileiros tem excesso de gordura corporal.

    Tabagismo e álcool

    Como resultado do endurecimento das leis antifumo, o tabagismo caiu significativamente no país. Se pouco mais de 15% dos adultos consumiam cigarros em 2009, agora são menos de 10%.

    Continua após a publicidade

    E os homens ainda fumam mais do que mulheres – 12,3% contra 7,7%.

    Por outro lado, o consumo excessivo de álcool segue estagnado há uma década. Tanto em 2009 como agora, cerca de 18% dos entrevistados afirmaram ter abusado das bebidas em pelo menos uma ocasião nos 30 dias anteriores à entrevista. Em mulheres, isso equivale a quatro doses e, em homens, a cinco.

    Tempo de tela

    Chama a atenção que 62% dos adultos relataram passar mais de três horas do tempo livre por dia assistindo à televisão ou usando computador, tablet e celular. O hábito pode bagunçar a saúde mental e favorecer o sedentarismo, o que aumentaria o risco de desenvolver doenças crônicas como hipertensão.

    Em 2009, o tempo dedicado aos dispositivos eletrônicos era uma preocupação menor. À época, o entretenimento passivo era calculado a partir da quantidade de televisão assistida. A saber, 25,8% dos brasileiros declaravam passar mais de três horas na frente do aparelho.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.