Lançadas há cerca de duas décadas, elas agem na raiz do colesterol, inibindo justamente a produção de uma enzima responsável por sua síntese
Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 19h42 - Publicado em 20 set 2013, 22h00
Foto: Getty Images
Cinquenta milhões. Esse é o espantoso contingente de pessoas que ingerem todos os dias comprimidos de estatina. Tiro certeiro: reduzem em 30% as taxas de LDL. “As estatinas evoluíram muito nos últimos anos. Hoje, além de baixar o teor de gordura no sangue, podem melhorar a elasticidade das artérias e diminuir processos inflamatórios pelo corpo”, revelou à SAÚDE o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Ok, já está provado que elas aliviam a porção maléfica do colesterol e são uma verdadeira bênção para pessoas que já sofreram infarto ou derrame. Mas, por ora, os outros benefícios propagados não passam de promessas. O que ainda não se sabe ao certo é se as estatinas diminuem a mortalidade entre pessoas que têm, além do colesterol alto, mais fatores de risco. Alguns especialistas acham que sim. O cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo, é um deles. Na sua opinião, se um sujeito é obeso, fumante, sedentário e diabético, o colesterol pode ser a gota dágua para detonar um infarto. Nesse caso, esse tipo de droga seria uma ótima medida preventiva.
Certeza só se tem de que as estatinas não são uma panacéia, pílulas mágicas que protegem a todos com a mesma eficiência. Confiar nelas 100% e continuar comendo mal, fumando e sem fazer exercícios é um erro. “Sempre que possível, o melhor é diminuir o colesterol com mudanças no estilo de vida em primeiro lugar”, diz Magnoni.
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