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Pise firme

Patrick McKeon, profissional de educação física do Ithaca College, nos Estados Unidos, fala para SAÚDE sobre a importância de trabalhar a musculatura dos pés

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 27 out 2016, 22h15 - Publicado em 29 Maio 2015, 09h28
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Essa inflamação atinge a fáscia plantar, tecido fibroso que absorve o impacto dos movimentos dos pés (Foto: Gustavo Arrais/Veja Saúde)
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Pesquisadores americanos do Spaulding National Running Center, ligado à Universidade Harvard, publicaram um artigo mostrando a importância de trabalhar a musculatura do pé. Isso porque ela auxilia a sustentar aquele arco localizado entre o calcanhar e os dedos. Em cada passo dado, o arco abaixa um pouco quando o pé toca o chão para atenuar o impacto desse contato. Já no momento de impulsionar o corpo, flexiona-se para empurrá-lo adiante. De uma maneira simplista, é como se tivéssemos uma mola na região. Acontece que, quando ela fica achatada, amortece menos a força dos choques com o solo, além de exigir muito esforço a cada passada. Patrick McKeon, um dos autores do estudo, fala sobre a importância dos exercícios para desenvolver a musculatura do núcleo do pé e dos chamados calçados minimalistas nesse processo.

Veja como realizar os exercícios

Qualquer pessoa, e não apenas aquelas com problemas nas articulações, pode se beneficiar  da ginástica para os pés?

O exercício ajuda a melhorar a performance de qualquer um. É como praticar posturas corretas para a coluna – trabalhar a musculatura do pés é igualmente fundamental para manter o corpo saudável. E fazer isso todo dia ajuda a desenvolver uma consciência do papel dos músculos da planta do pé. Por isso, em vez de prescrever uma certa quantidade de repetições, acho mais importante propor que se dedique um tempo por dia para aperfeiçoar a sequência. Por exemplo, se você já consegue executar o exercício sentado, pode experimentar fazê-lo em pé. À medida que avançar com os dois pés no chão, comece a balançar seu peso para a frente e para trás, mantendo a postura a musculatura intrínseca do pé. Depois, faça tudo com uma perna dobrada… E tudo pode ser feito durante as atividades do dia a dia.

Além desse exercício, caminhar ou correr também ajuda a desenvolver os músculos intrínsecos da planta do pé?

Caminhada e corrida são benéficas para o controle desses músculos. Depois de ativá-los pelo exercício para os pés, dá para melhorar sua capacidade por meio de atividades funcionais, como caminhada e corrida.

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Em seu trabalho, o senhor mencionou também que os calçados minimalistas podem ser usados para fortalecer o núcleo dos pés. Por quê?

Um dos principais benefícios desse tipo de calçado é o controle dos músculos intrínsecos. Mas para isso é importante que a pessoa tenha plena capacidade de controle do pé, senão vai acabar confiando mais nas características passivas do sistema do que nas ativas. Ao trabalhar os músculos intrísecos primeiro, é possível garantir o controle da musculatura interna e externa.

Qual é a principal contribuição de seu estudo?

É ter apresentado uma maneira intuitiva de trabalhar o controle do pé. O treinamento dos músculos intrínsecos desses membros não é um conceito novo. No entanto, o que nós propomos é que eles não apenas funcionem como estabilizadores dinâmicos do pé, a partir de um ponto de vista do movimento, mas também como sensores de deformação. Com base na sua arquitetura e alinhamento, esses músculos podem desempenhar um papel fundamental na coordenação do resto do corpo, uma vez que o pé interage com o ambiente. Ao ativar esses músculos, pode-se então ter acesso a uma fonte sólida de informação sensorial que é adaptável às exigências que lhe são colocadas.

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