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Por que todo mundo fala em açúcar quando pensa em diabete?

Entenda a função da glicose no organismo de um diabético — e no de qualquer um pra falar a verdade.

Por Redação Saúde é Vital
Atualizado em 27 out 2016, 20h10 - Publicado em 26 fev 2016, 12h16
Alex Silva
Alex Silva (/)
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Porque o diabete é um problema em que o organismo da pessoa tem dificuldade para aproveitar o açúcar. Mas vamos dar nome certo aos bois: o açúcar que é tão importante na vida do diabético é a glicose. E ela é essencial para todo mundo. Entenda: para todas as engrenagens do organismo trabalharem direito todo santo dia, é preciso muita, muita energia. Se o assunto é manter em atividade o cérebro, o coração, o fígado e outras peças vitais, quem faz o papel de combustível é a tal da glicose. Carregada pelos vasos sanguíneos, ela é a garantia de abastecimento e bom funcionamento a todas as nossas células. Cada uma delas precisa contar com sua dose de glicose para que a gente realize as tarefas do dia a dia — andar, dirigir, trabalhar, exercitar-se… E saiba que a tal glicose não vem só dos doces e do açucareiro (aliás, essas são suas fontes menos adequadas).

O diabete interfere no equilíbrio entre a dupla glicose e insulina. A oscilação natural da quantidade de açúcar no sangue, e por tabela dos estoques do hormônio, não acontece como deveria. Nos diabéticos, o pâncreas deixa de fabricar insulina — ou ela é até produzida, mas não consegue atuar direito. Daí os níveis de glicose em geral ficam boa parte do dia acima do padrão considerado saudável. Os números ajudam a entender. Em quem não tem diabete, a glicemia ao acordar costuma ser menor que 100 miligramas de glicose em cada decilitro de sangue. E, quando o sujeito se alimenta, esse índice sobe, mas sempre se mantém entre 100 e 140 miligramas. Já em quem tem a doença o quadro não fica tão estável assim… Acontecem picos seguidos de quedas repentinas da glicose. Os médicos podem notar essas guinadas bruscas avaliando as curvas de glicemia, feitas a partir de exames de sangue. 

Leia mais: 14 truques de culinária para quem tem diabetes

O grande problema é que a pessoa não sente nada, nada, nada… Quando desconfia de algo errado e procura um especialista, a doença já avançou. É por isso que se diz que o diabete é um mal silencioso. Dificilmente o diabético percebe alguma diferença se a sua glicemia subir de 100 para 300 mg/dl. Assim, durante um tempo enorme, fica aquele monte de açúcar sobrando no sangue sem ter a insulina para abrir a porta das células. E esse excesso vai render confusão.

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